sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sérgio Mamberti é o novo presidente da FUNARTE


Brasília - Sergio Mamberti, novo presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte) Foto: José Cruz/ABr


O ministro da Cultura, Juca Ferreira, anunciou hoje o novo presidente da Fundação Nacional das Artes (FUNARTE). Trata-se do ator Sérgio Mamberti.

Na anúncio Ferreira falou sobre o desafio de revitalizar e "dar um novo gás" à instituição. “Vamos apresentar ao governo uma proposta de reformatação da Funarte para que ela seja uma instituição de fato nacional. Esse projeto começa a ser posto em prática tão logo o novo presidente assuma”.

O ministro rememorou ainda a importância do papel da Funarte na fase de redemocratização do país. “Era a principal instituição cultural e a mais criativa, a mais incisiva. Foi a que de fato liderou o processo de reconstrução de padrões culturais do Estado brasileiro, mas durante o governo Collor houve um desmonte das instituições culturais. Depois que assumimos, conseguimos revitalizar todas. Só está faltando a Funarte”.

Ferreira disse que em breve sairá a segunda portaria de desburocratização. “Recebemos cerca de dois mil projetos por mês, muito mais do que podemos absorver. A idéia é desburocratizar, informatizar para que o acesso aos recursos sejam mais rápido.”

Segundo Mamberti, que milita há 50 anos na área cultural e é um dos principais ícones do Setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores, trata-se de um cargo emblemático, “por se tratar da Fundação Nacional das Artes, que teve um papel muito importante durante o período da ditadura, pela criatividade, pela eficácia, pela competência com que se estabeleceu”.

Mamberti chega à Fundação após a saída conturbada do também ator Celso Frateschi, que pediu demissão depois de ter sido denunciado pelo Jornal O Globo de haver favorecido a companhia de teatro Ágora, coordenada por sua esposa.

Campanha convoca homens a lutar pelo fim da violência contra a mulher*




O governo brasileiro lançou nesta sexta-feira (31) a campanha Homens Unidos pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Com isso, o país é o primeiro a aderir a campanha mundial, criada em fevereiro desse ano, pela Organização Nações Unidas (ONU), para mobilizar a população masculina em torno do problema.

No Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. No mundo, uma a cada três mulheres já foi espancada, estuprada, escravizada ou sofre algum tipo de violência. Os dados são da Fundação Perseu Abramo e da Anistia Internacional, respectivamente.

A campanha brasileira consiste na utilização do site www.homenspelofimdaviolencia.com.br para reunir assinaturas de homens que queiram participar da iniciativa. A meta é atingir 90 mil adesões. O endereço eletrônico será distribuído a redes, sindicatos, associações, comunidades e instituições e assinaturas também são coletadas em grandes eventos públicos.

No site, já constam as assinaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, do Congresso Nacional, Garibaldi Alves, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, e também do ex-jogador da seleção brasileira de futebol, Raí.

Durante a solenidade de lançamento da campanha, em Brasília, a representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Alana Armitage, destacou que Lula foi o primeiro presidente a responder à chamada da ONU com campanha específica voltada aos homens. "Os homens precisam ajudar para que haja zero tolerância da violência contra as mulheres."

Para a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, as situações de violência contra a mulher não podem ser vistas como eventualidades. “A violência contra a mulher não é causada porque um homem perde a cabeça ou chega em casa embriagado, não é briga de casal. É violência sistemática, onde um detém o poder sobre o outro, numa relação desigual", afirmou Nilcéia.

Para a representante do Fundo para o Desenvolvimento das Nações Unidas (UNIFEM), Ana Falú, o combate ao problema passa por uma mudança cultural. "A violência contra as mulheres é um tema público e não privado, que deve ter como premissa a uma mudança na cultura masculina. Só assim acabaremos com este flagelo".

O coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Pedro Chequer, foi o nono homem a assinar a lista brasileira. Ele acredita que a mudança cultural não deve também do ponto de vista da mulher e não apenas na perspectiva masculina. “Em vários países há, por parte da mulher, uma perspectiva cultural de aceitar a violência masculina como justa e natural”, explica Chequer.A campanha mundial “Unite to End Violence Against Women”, convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em fevereiro deste ano, dura até 2015.

*As informações foram retiradas do sítio do PT (www.pt.org.br).

Deu no Futebol, Política e Cachaça


O Vaticano quer saber: você é casado? Tem filhos?

Depois do questionamento que desanimou boa parte da militância petista em São Paulo e fez muita gente tomar Dramin até o dia da eleição, a imprensa deixou de dar destaque a manifestações mais ou menos homofóbicas que aparecem discretamente no noticiário.

Claro que é muito mais fácil bater no PT do que no Vaticano. Mas o politburo de Bento XVI anunciou nesta quinta-feira, no documento "Orientações para o uso das competências da psicologia na admissão e formação dos candidatos ao sacerdócio", que irá recorrer a psicólogos para avaliar se os seminaristas são homossexuais.

Dentre os “sintomas” que os psicólogos deverão detectar estão "as dependências afetivas fortes", a "identidade sexual incerta" e "a tendência arraigada à homossexualidade". Contudo, o documento ressalta que, democraticamente, os candidatos a padre só serão submetidos ao teste psicológico com "o consentimento prévio, livre e explícito". Fico imaginando o que pode acontecer com que se negar a participar de tal teste...

Como tudo na cúpula da Igreja Católica, o documento foi elaborado com rapidez. Demorou apenas seis anos para ser confeccionado, uma ano a mais do necessário para finalizar a estátua do Cristo Redentor. Tais medidas datam da época em que João Paulo II ainda habitava o reino dos vivos e a idéia, na prática, é evitar que novos escândalos envolvam sacerdotes da Igreja de São Pedro.

O curioso é que a deixa para tais atos seja os casos de pedofilia envolvendo padres. Ora, há uma equivalência pra lá de equivocada entre homossexualidade e pedofilia, esta última entendida, de acordo com a OMS, como "preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes ou não". Ou seja, tal prática criminosa não é restrita a homossexuais, como até os coliformes do Tietê sabem. Fazer esse tipo de relação é tão absurdo como dizer que todo padre é pedófilo ou asneira semelhante.

Aliás, deveras curiosa a relação da Igreja Católica com os homossexuais. O Catecismo pondera que a tendência à homossexualidade não é pecado, mas a prática – ah, a prática -, essa sim. É uma “depravação grave”, ato “intrinsecamente desordenado e contrário à lei natural”. E segue dizendo que “um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta”.

Como se vê o catecismo é bem respeitoso com os homossexuais dizendo ser contra a discriminação. Mas, logo em seguida, os chama à “castidade”. Ou seja, a Igreja admite que uma pessoa possa ser homossexual, mas “praticar” não pode. Se bem quem nem os heteros podem fazê-lo antes do casamento. Como não existe casamento homossexual, resta a opção pelo celibato. E, pior: nem se for celibatário ele pode ser padre. Vida difícil que vive o católico gay...

Em tempo: não é só na Igreja Católica que existe uma confusão a respeito de homofobia. Aliás, já vi um belo presépio em exposição no Mosteiro São Francisco, em São Paulo, onde lá estavam representados homossexuais e outros segmentos excluídos e/ou discriminados da sociedade. Nem sempre a base segue a cúpula. Ainda bem.

Mas realmente é de arrepiar quando se vê que em um lugar onde deveria estar – ou se acha que está – a “nata” da intelectualidade paulista, ocorre um episódio como esse. Pra quem não quiser ler o link, trata-se de um casal homossexual que foi expulso de uma festa na Veterinária da USP. Pobre Iluminismo brasileiro...

Retirado do blog Futepoca: www.futepoca.com.br

Ronaldo no Flamengo?

Caio Júnior podia aproveitar que o Ronaldo treina todos os dias na Gávea e convencê-lo a jogar as últimas partidas que faltam para o Mengão. Convenhamos, mesmo gordo, manco, bêbado e pulando num pé só o fenômeno joga muito mais que o Obina. Aí eu até volto a acreditar no hexa.

Dá-lhe, Rubinho!

Rubinho Barrichelo tem, neste domingo, a maior chance de sua vida para entrar na história do automobilismo e guardar, de vez, seu lugar no coração da torcida brasileira: é só enfiar o carro com vontade na traseira do Hamilton e tirar o inglês da corrida, abrindo caminho pro Massa ser campeão!
Dá-lhe, Rubinho!

Sonny Rollins

Sonny Rollins esteve no Rio, apresentando-se no Tim Festival (antigo Free Jazz). Fiquei doente de vontade de ir, mas o ingresso mais BARATO custava 240 reais. Isso mesmo, DUZENTOS E QUARENTA REAIS.
Para os duros amantes do jazz, recomendo os discos do colosso do sax, e deixo aqui um brinde (cortesia do You Tube):

O apito amigo tricolor

É fato que a arbitragem brasileira é uma merda. Nossos juízes, de um modo geral, oscilam entre aqueles que apitam falta inclusive quando um jogador peida e aqueles que "deixam o jogo seguir", mesmo que um jogador dê uma voadora no peito de outro.
O resultado de tanta incompetência é que, rodada sim, outra também, torcedores de pelo menos uns 4 clubes passam o dia seguinte resmungando - e com razão. Ontem mesmo o Salvio Spínola deixou de dar um pênalti no Juan que poderá decidir o campeonato... pra quem acha que é choro, essa foto é ótima:

Mas o fato relevante é o seguinte: a cada rodada, mudam os clubes que sofrem nas mãos dos sopradores de apito. O Flamengo prejudicado ontem é o mesmo que pode vencer a próxima partida com um gol de mão e em impedimento. O que não muda nunca é o São Paulo. Sinceramente: alguém se lembra da última vez que o São Paulo foi prejudicado pela arbitragem? E não é só nos lances escandalosos, como a garfada que o Botafogo levou anteontem. É também nas pequenas coisas. Por exemplo: o Rogério Ceni tem permissão pra ficar o dobro do tempo com a bola que os demais goleiros "mortais". Pode demorar séculos pra bater cada tiro de meta; pode ir andando vagarosamente pra cobrar uma falta no fim da partida, que o juiz espera sorrindo. Aloísio Chulapa, quando comandava o ataque tricolor, tinha carta branca pra distribuir cotoveladas e pra puxar os zagueiros pela camisa em TODOS os lances. Agora comandado pelo "cai-cai" Dagoberto, o ataque tricolor é sempre premiado com faltas na entrada da área, cavadas nas quedas espetaculares do centroavante mirradinho. É impressionante como isso não mereceu uma reportagem até hoje na imprensa esportiva. Talvez porque o clube seja o queridinho da mídia, "modelo de gestão, planejamento e modernidade".
Não quero, com isso, manchar os dois últimos títulos do São Paulo; foram conquistados com larga vantagem sobre seus oponentes, em campanhas inquestionáveis. No entanto, em um campeonato embolado como o Brasileirão 2008, tamanha condescendência da arbitragem, que na dúvida, parece sempre soprar a favor do clube do Morumbi, pode ser o diferencial para a terceira conquista consecutiva do São Paulo. O que seria uma tremenda injustiça.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Há vinte anos.

Há exatos vinte anos, Ayrton Senna, um dos grandes nomes do nosso esporte conquistava seu primeiro título mundial de Fórmula 1. Numa corrida emocionante e brilhante em Suzuka, Japão, o brasileiro, então com 28 anos, tornava-se o terceiro piloto do país a conquistar um título na categoria. O triunfo veio após um duelo histórico com Alain Prost, seu companheiro de equipe na McLaren. Era a confirmação do talento de um gênio da velocidade.
Estamos numa semana decisiva na principal categoria do automobilismo mundial e a disputa, assim como em 1988, está restrita a dois pilotos: Felipe Massa e Lewis Hamilton. A diferença crucial é a de que, há duas décadas o número de pilotos geniais era maior. Além de Senna e Prost, tínhamos Piquet. Hoje temos apenas bons pilotos.
Nossas apostas estão depositadas no inglês, mas tudo pode acontecer, apesar de ser pouco provável que Hamilton repita os erros do ano passado.
E você que nos acompanha, o que acha? Responda à pesquisa ao lado!

Sete mil policiais 'enterram' Serra e pedem saída de secretário*

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Em greve desde o dia 16 de setembro, policiais civis promoveram na tarde desta segunda-feira, 27, um grande protesto no centro de São Paulo. A categoria, que está campanha salarial, fez buzinaço e apitaço. Com faixas, carro de som e caixões, os manifestantes fizeram um enterro simbólico do governador tucano, José Serra, e pediram novamente a demissão do secretário de Segurança, Ronaldo Marzagão.

“Nós queremos respeito e dignidade — o que até hoje o governo não nos deu. O secretário é responsável por isso. Ele é contrário a tudo o que pedimos", afirma o delegado André Dahmer, da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado). Segundo ele, o protesto é pacífico, e a Polícia Militar não acompanhou a passeata.

A meta era reunir 5 mil pessoas, mas a manifestação foi além e reuniu 7 mil. Participam do protesto investigadores, delegados, escrivães de São Paulo e cidades como Jacareí, Bauru e Limeira, entre outras. O presidente do Sindicato dos Delegados, José Leal, afirmou que a orientação foi de que os policiais civis não fossem para o manifesto armados. O objetivo era evitar possíveis confrontos com a Polícia Militar.

O ato começou em frente à Praça da Sé, marco zero da capital e passou pela Secretaria de Segurança Pública, na Rua Libero Badaró, onde gritaram palavras de ordem contra Marzagão. Depois, os manifestantes seguiram até a porta do Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, encerrando o protesto na Delegacia Geral de Polícia, na rua Brigadeiro Tobias.


Reivindicações Os policiais em greve querem que o governo Serra mude os projetos de lei que prevêem o reajuste da categoria. Eles reivindicam reajuste de 15% neste ano e mais 12% nos dois anos seguintes, além da extinção da 4ª e 5ª classe, entre outras medidas. Já o principal texto dos projetos de lei do governo prevê reajuste de apenas 6,5% no salário-base a partir de 1º de janeiro do próximo ano e mais 6,5% a partir de janeiro de 2010.

Na semana passada, depois de acenarem com o fim da greve, as entidades de classe — incluindo a Adpesp — mantiveram o movimento. O que mudou o cenário, 24 horas depois da reunião com o delegado-geral, Maurício Lemos Freire, foi, segundo as entidades, uma leitura atenta dos três projetos enviados à Assembléia Legislativa. "Quem tiver promoção ganhará um bom aumento, mas a maioria terá pouco e haverá ainda os que vão ganhar menos", diz André Dahmer.

Ele cita os agentes que ganham vale-refeição. Com o aumento de 6,5% prometido pelo governo no salário-base, receberiam R$ 60 a mais. Com isso, o salário deles ultrapassaria o teto estabelecido para o pagamento do benefício. "O governo dá R$ 60 e retira R$ 90. No fim, ele vai ganhar menos R$ 30. Assim não dá."

Os delegados disseram que os projetos reservam surpresas, como o fim da fiscalização exercida pela Ordem dos Advogados do Brasil nos concursos para delegado. "A questão não é só financeira, mas de dignidade. Retirar a OAB é abrir caminho para ingerências estranhas no concurso”, acrescenta Dahmer. “Ninguém havia pedido isso. Por que o governo fez? Faltou diálogo.”


Tensão A greve da Polícia Civil se acirrou no penúltimo ato grevista, há duas semanas, quando manifestantes entraram em confronto com policiais militares no Morumbi. Foi o maior confronto da história das duas polícias. A PM tinha ordens de impedir, a qualquer custo, a chegada dos grevistas aos portões do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Só em São Paulo, a categoria em greve reúne cerca de 35 mil trabalhadores e não recebe aumento desde a chegada do PSDB ao poder, em 1995. De acordo com a Adpesp, uma nova manifestação já está marcada para a próxima quarta-feira (29) e deve envolver policiais civis de outros estados. Em todo o país, a categoria deve fazer uma paralisação de duas horas em apoio ao movimento.

“É um equívoco quando o governador diz que é um ato político. As eleições já passaram e muitos dos policiais presentes aqui são de cidades onde não houve segundo turno. Nossa luta é por dignidade, respeito e não partidária”, disse o presidente do Sindicato dos Investigadores de São Paulo, João Rebouças Neto.

Texto retirado da página da Revista Fórum (link ao lado).

5ª Marcha a Brasília no dia 3 de dezembro


*CUT e centrais defendem investimento público e valorização do trabalho como vacina para a crise
Escrito por Leonardo Severo
29/10/2008

Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (29), na sede nacional da Central Única dos Trabalhadores, as seis centrais sindicais (CUT, Força, CGTB, CTB, NCST e UGT) sublinharam a importância do investimento público e da valorização do trabalho como elementos decisivos para impulsionar o desenvolvimento do mercado interno no enfrentamento à crise internacional gerada pela especulação.

Diante da nova conjuntura externa, explicou o secretário geral da CUT, Quintino Severo, há uma avaliação comum das centrais de que a 5ª Marcha Nacional a Brasília deverá enfatizar a luta por medidas de combate à crise - como a redução dos juros - e de fomento aos investimentos nas áreas sociais e de infra-estrutura, garantindo emprego, salário e direitos.

"Com a recessão batendo nos EUA, Europa e Japão, e vindo para a América Latina, precisamos priorizar iniciativas em defesa do nosso mercado interno, com uma resposta firme do Estado brasileiro em apoio à classe trabalhadora e ao setor produtivo. As centrais têm propostas, já amplamente debatidas na Jornada pelo Desenvolvimento, e que precisam ser implementadas para que os trabalhadores não paguem a conta da crise que é do sistema capitalista e de sua lógica especulativa", declarou Quintino.

A secretária Nacional Sobre a Mulher Trabalhadora, Rosane Silva, frisou que o momento acirra a disputa entre dois projetos antagônicos, "onde nós defendemos contrapartidas sociais para os investimentos, salário, empregos, direitos, enquanto a direita quer retirar conquistas, manter o lucro do capital ampliando a exploração da mão-de-obra. É isso o que não podemos permitir". Para Rosane, "mais do que salvaguardas às empresas, temos de dar garantias ao trabalhador".

As centrais vão pedir uma audiência com o presidente Lula e divulgarão nas próximas horas nota conjunta alertando o governo federal para a necessidade de redução dos juros e manutenção dos programas sociais e das políticas públicas, para que não sejam afetados os investimentos em infra-estrutura, transporte e saneamento, consideradas áreas sensíveis e geradoras de emprego.

Entre as reivindicações das centrais encontram-se a redução da jornada de trabalho sem redução de salário - medida que deve gerar mais de 2,2 milhões de empregos, sendo o Dieese -, a ratificação das Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a 151 - que assegura o direito à negociação coletiva no serviço público - e a 158 - que coíbe a demissão imotivada -, e o fim do fator previdenciário, mecanismo cruel inventado pelos tucanos para dificultar e arrochar aposentadorias. A Marcha também vai erguer a bandeira do reajuste da tabela do Imposto de Renda, fazendo justiça tributária a partir de novas faixas de contribuição com descontos progressivos; da defesa do Piso Salarial Nacional do Magistério, fundamental para a melhoria da qualidade do ensino; e a defesa do patrimônio nacional do Pré-sal para o povo brasileiro.

Em nome da União Geral dos Trabalhadores, Eduardo Rocha alertou que já se fazem projeções da queda do PIB para o próximo ano, "e nós sabemos da tragédia que isso significa para o trabalhador: retração, achatamento salarial, rotatividade, desemprego". Daí, revelou, "a importância da nossa luta para reduzir os juros, para reduzir a jornada, para ampliar as medidas de segurança do trabalhador e impedir que os prejuízos sejam socializados".

Representando a Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna) sublinhou o papel da mobilização unitária para remover os obstáculos existentes nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, garantindo que a pauta dos trabalhadores seja atendida e implementada. "Temos de jogar peso em Brasília", enfatizou.

Para Pascoal Carneiro, da direção da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), "a mobilização em Brasília vai defender os interesses dos trabalhadores, sendo contra qualquer benefício para quem faliu o sistema. A alternativa não é atender o sistema financeiro, mas o setor produtivo. Temos alternativa: afirmar o desenvolvimento com distribuição de renda, com valorização do trabalho, com garantia de direitos".

Dirigente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (CTTB), Moacyr Auersvald defendeu que as centrais elaborem um documento conjunto, com a contribuição do Dieese, para ser apresentado ao governo, elencando medidas emergenciais.

A 5ª Marcha Nacional a Brasília terá como tema "Desenvolvimento e valorização do trabalho", com concentração prevista para o Estádio Mané Garrincha, de onde cerca de 30 mil manifestantes sairão em passeata até o Congresso Nacional. As centrais sindicais internacionais serão convidadas para se somar ao ato.

*retirado do site da CUT - www.cut.org.br

O hexa foi pro saco...

Comentário rápido, ainda espumando de raiva: jogando a bolinha que jogou ontem, o Flamengo não tem a menor condição de ser campeão brasileiro. Tudo bem que o campeonato é nivelado por baixo, que a distância pro líder diminuiu, etc e tal. Mas time que perde gol dentro da pequena área e sem goleiro tem mais é que se foder em verde e amarelo.
O Flamengo jogou em marcha lenta, perdeu gols em demasia, passou apertos desnecessários e, pra fechar o caixão, o Caio Júnior mexeu mal pra cacete. Tirou Ibson, que estava jogando direitinho (muito melhor que Toró e Kleberson), colocou o Maxi no lugar do Marcelinho (numa boa, o Maxi errou de profissão. Pelo porte físico, daria um bom jóquei. Alguém já viu o Maxi acertar um drible?) e, no finalzinho, no desespero, trocou seis por meia dúzia, colocando o Vandinho no lugar do Obina.
Vamos ver como o time se porta nos jogos restantes, mas com a bolinha de ontem, vamos tomar um cacete firme do Cruzeiro no Mineirão.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Uma rodada que promete

Daqui a pouco começará a 32ª rodada do Brasileirão 2008. A rodada promete em razão de importantes confrontos em todas as faixas da tabela.

Na parte de cima, destaque para Cruzeiro X Grêmio, jogo que pode definir de vez as pretensões do time celeste na competição. Apesar de ainda faltarem 7 jogos, o que não é pouco, é chegado o momento de definições. Uma vitória do time azul o coloca de vez na briga pelo título. Já um triunfo do time de Celso Roth amplia as chances gremistas de conquistar o caneco.

Ainda entre os times que buscam o título, destaca-se o duelo entre Botafogo e São Paulo. O time carioca ainda sonha com a Libertadores. Já os paulistas, há 11 jogos sem derrota, estão de vez na briga pelo penta. Uma vitória fora de casa significa muito para o time de Muricy.

Um confronto interessante será entre Vitória e Flamengo. O time baiano, após um bom início, hoje patina na zona intermediária (não fede nem cheira), contentando-se com a Sul-Americana, o que, convenhamos é muito bom para um time que acabou de voltar à primeira divisão. Já o rubro-negro de Caio Júnior ainda confia no título e uma vitória nos domínios do Barradão mantém acesas as esperanças da maior torcida do Brasil.

O Palmeiras, do badalado e marrento Luxemburgo, depois de sofrer um passeio do meu tricolor no Maraca, tenta se recuperar diante do Goiás no Palestra Itália. Jogo importante para a definição das chances de Luxa conquistar mais um troféu. O bom também ficar ligado pela polêmica criada entre Marcos (sempre sincero, e isso é bom) e Diego Souza, após as declarações do goleiro de que alguns jogadores estavam correndo pouco em campo. O Goiás parece ter atingido seu "teto" no campeonato.

Em zona intermediária, mas lutando pela Libertadores, o Internacional enfrenta o Náutico, que briga para não cair. Jogo que vale o acompanhamento para apreciar o excelente futebol que vem jogando o craque Alex, para nós do blog, o melhor jogador em atividade no país atualmente.

Falemos um pouco da parte de baixo da tabela: hoje entram em campo Portuguesa e Ipatinga. O time mineiro é o que tem, segundo os matemáticos, as maiores chances de descer. Nada menos que 95%. Já os lusitanos lutam para escapar da volta para a segundona.

Outro jogo de desespero é Vasco X Atlético-PR. Penso que se tratam de dois dos piores times do Brasileirão. Os donos da casa vão a campo mais uma vez sem o atacante Leandro Amaral. Quaisquer dos dois que ganhe, pode afundar de vez o outro.

Amanhã Figueirense e Fluminense jogam no Orlando Scarpelli. O tricolor sonha com a manutenção da boa fase após a chegada de Renê Simões, ainda invicto (duas vitórias e um empate) e dependendo do que acontecer daqui pra frente pode pensar na Sul-Americana. Tal resultado até que não seria desastroso, tendo em vista que o Flu passou boa parte do campeonato na zona maldita. Já o figueira pensa em espantar as chances de queda.

Os demais jogos não devem trazer alterações significativas na classificação: Sport X Santos e Coritiba X Atlético-MG.

Nos limitamos a informar e recomendar os jogos. Os palpites, deixamos a cargo do PVC, em seu ótimo blog, que está indicado aqui ao lado.

Desemprego cai 9% e tem a menor taxa dos últimos 10 anos, mostra Dieese

O desemprego nas seis regiões metropolitanas do país analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) caiu de 14,5% em agosto para 14,1% em setembro. É a menor taxa já registrada para o nono mês do ano desde 1998. Em setembro do ano passado, o nível de desocupação estava em 15,5%.A pesquisa constatou que existem 2,839 milhões de pessoas desempregadas nas regiões estudadas, 72 mil a menos que em agosto. O contingente de ocupados é de 17,347 milhões.
Foram criados em setembro 130 mil postos de trabalho, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado (58 mil). A pesquisa abrange as regiões metropolitanas de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O desemprego caiu em todas as regiões analisadas, com exceção apenas de Recife (alta de 6,3%), quando se compara a taxa de setembro deste ano com a do mesmo mês do ano passado. A maior queda foi em Belo Horizonte (redução de 16,7%). A taxa média das seis regiões caiu 9% nesse tipo de comparação (de 15,5% para 14,1%).
O nível de ocupação aumentou, de agosto para setembro, nos setores de serviços (171 mil novas vagas, alta de 1,9%), construção civil (18 mil postos, elevação também de 1,9%) e indústria (16 mil empregos, expansão de 0,6%). Houve diminuição no comércio (perda de 37 mil vagas, uma queda de 1,3%) e no que no conjunto dos demais setores (38 mil postos a menos, recuo de 2,5%).O rendimento médio real dos trabalhadores ocupados subiu 1% de agosto para setembro, atingindo R$ 1.171. Já o rendimento dos assalariados, especificamente, caiu 0,4%, para R$ 1.227.

O texto foi copiado do sítio do PT (www.pt.org.br).

Para animar o dia...

Dia do Torcedor Rubro-Negro


Fiquei preocupado com coisas menos importantes (como a política) e acabei cometendo um erro imperdoável: ontem foi o DIA DO TORCEDOR RUBRO-NEGRO e eu não escrevi nada no blog!!!
Aos meus amigos e amigas da grande nação, fica aqui um grande abraço para todos nós (com 24 horas de atraso, é verdade). Que São Judas Tadeu, o nosso padroeiro (porque eu só sou ateu do lado de fora do Maracanã), ilumine nossos caminhos no Barradão. Que o Obina (que tá fininho, voltou a ter uma bunda menor que a da mulher melancia) continue voando em campo, que o Bruno guarde a nossa meta com brilhantismo e que a caminhada rumo ao hexa ganhe hoje um grande impulso!

OIT prevê que 200 milhões perderão empregos


A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez uma primeira estimativa do impacto da crise sobre a vida das pessoas. O número de desempregados pode aumentar em 20 milhões, até o fim de 2009 – ultrapassando a casa de 200 milhões de desempregados no mundo pela primeira vez na História. As pessoas que trabalham na construção, na indústria automobilística, no turismo, na finança, nos serviços e no setor imobiliário serão as primeiras atingidas. Além disso, o número de pessoas vivendo com menos de um dólar por dia pode aumentar em 40 milhões e o de pessoas vivendo com 2 dólares por dia em 100 milhões. Por mais sombrias que sejam essas previsões, é temeroso pensar que se trata apenas de uma subestimação, caso os efeitos do desaquecimento econômico e da recessão que se aventam não forem rapidamente controlados, diz o diretor da OIT, Juan Somavia.

Copiado do Blog RS Urgente, do Marco Aurélio Weissheimer.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Don Diego no comando


Maradona é o novo técnico da Argentina. El Pibe substitui Alfio Basile, que entregou o cargo por conseguir a proeza de comandar uma campanha pior que a do Brasil de Dunga. Carlos Bilardo, o técnico da última seleção argentina campeã do mundo (a de 1986, quando Maradona fez o diabo em campo) será o coordenador técnico (porque alguém precisa minimamente entender alguma coisa de tática) e Sergio Batista, técnico da seleção olímpica medalha de ouro em Pequim e que também jogou na Copa de 86, deve compor a comissão técnica.
Geléia Geral deseja sorte ao Maradona na nova tarefa. Don Diego sempre se diferenciou da mediocridade geral dos jogadores de futebol, tanto dentro de campo (um gênio) quanto fora dele. Suas entrevistas são sempre divertidíssimas, seu raciocínio é rápido e seu senso de humor e inteligência são notáveis. Numa boa, estamos cagando e andando se o hermano baixinho cheirava toneladas de pó e bebia que nem gambá. O nariz é dele, ele não pediu pra ser exemplo pra ninguém e, cá pra nós, só fez lambanças que detonaram sua própria saúde. Me lembro de um comentário do Casagrande (outro jogador bom de papo e de inteligência acima da média, mas que também peca pelo descontrole do nariz) sobre ele: "Maradona pode ser tudo, menos burro. Se fosse burro, seria amigo do Fernando Henrique Cardoso, e não do Fidel Castro!"
Louvamos a iniciativa do Julio Grondona, presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino). Afinal, já que é pra arriscar tudo com um ex-jogador sem experiência alguma como técnico, nada melhor do que jogar todas as fichas em alguém que pelo menos jogou bola pra cacete. Com certeza as entrevistas do Maradona após os jogos serão muito mais divertidas do que aquela montoeira de frases feitas, marra inexplicável e rabugice do Dunga. Que, por sinal, era um mala sem alça quando jogava bola e sempre fez apologia do futebol "de resultados" - aliás, um péssimo eufemismo pra armar retranca e escalar 11 imbecis sem talento.

Boa comida...

Um dos nossos fortes é a gastronomia. Tanto para preparar quanto para degustar bons pratos.
Então pensamos que esse espaço pode ser um importante difusor da boa mesa. Pensando nisso tentaremos sempre fazer propaganda (sem receber nada em troca, infelizmente) de restaurantes, bares e butecos que costumamos freqüentar onde se pode pagar pouco e comer bem, nunca pagar bem e comer pouco.
Nesse domingo, como não tínhamos que encarar a difícil missão de escolher entre o tucano Gabeira e o ex-futuro-nunca deixou de ser-tucano Paes, fomos, eu, Andréia (minha namorada), Bernardo e família (Keka e Pedro) e Eduardo (não o Paes, o Louzada), a um ótimo restaurante na região da Praça da Bandeira, Rio de Janeiro.
Trata-se do Petit Paulette. Praticamente vizinho ao já badalado Aconchego Carioca, o Paulette tem se tornado famoso pela boa comida, com variados sabores e ótimo preço. O cardápio inclui o famoso croquete, que pode ser de carne, berinjela ou alho poró com palmito, passando pelo risoto de camarão, pastéis de camarão (com farto recheio), rabada de avestruz, paella, etc. Resolvemos optar pelo tradicional prato espanhol. Nada mais recomendável! A iguaria serviu bem aos cinco integrantes da mesa (o Pedrinho, ainda não pode desfrutar dos prazeres da boa mesa) e saiu pela módica quantia de R$ 62,00. Vale muito a pena conferir!
Além disso, uma das vantagens do local é a possibilidade de se degustar a variada carta de cervejas do Aconchego Carioca, tendo em vista que os dois estabelecimentos são parceiros. Assim, adquirimos as excelentes Schelenkerla, Strong Suffolk Vintage Ale e a Colorado Demoiselle.
Em suma, uma ótima tarde de domingo que recomendamos.

Balanço das eleições - Flavio Aguiar

Reproduzimos aqui o artigo que o Flavio Aguiar, professor da USP e editor-chefe da Carta Maior, publicou no site mais importante da mídia alternativa deste país. Tenho total concordância com o conteúdo do texto. Quem quiser, pode aproveitar e fazer uma visita ao site da Carta Maior, clicando no link que está aqui ao lado, na lista de indicações de Geléia Geral. Boa leitura.

DEBATE ABERTO

Serra, Kassab & Cia. Ilimitada

Os pobres, ou ex-pobres, se tomarmos em conta os milhões de brasileiros que cruzaram o linha da pobreza para cima, estão cada vez mais cobrando voz na política. É a sua presença que vai definir o cenário futuro, é a força da sua maré que vai terminar de afundar a teoria da pedra no lago.

Flávio Aguiar

Visto de longe, o Brasil saiu mais petista e mais peemedebista desta eleição em dois turnos, e menos pessedebista e menos dem também.
Não fosse a vitória de Kassab, o DEM ficaria anêmico. Também não fora a vitória de Kassab, o PSDB também não teria grande coisa a festejar. A imprensa conservadora e seus analistas também.

A partir daí quer-se construir o discurso da vitória de Serra como o grande passo desta eleição. As premissas desse discurso são: só o que acontece nas maiores metrópoles é relevante; só o Brasil das grandes metrópoles é relevante; só o que acontece com Serra é relevante. Essas análises permanecem ainda aferradas ao modelo de pensamento da pedra no lago, dos círculos concêntricos que se espalham, que o eleitor dos grandes centros do sudeste vale mais do que o das outras regiões do país, etc.

Porque Serra precisa ser ungido como o moinho de vento diante do qual os quixotescos petistas, ou lulistas, ou o que forem, serão desapeados de seus Rocinantes. Pois assim essa leitura vê os eleitores que votam à esquerda, com Lula ou sem Lula: como Rocinantes montados por Quixotes.

Há várias considerações a fazer. O PMDB saiu muito fortalecido nas eleições, embora não tenha definido uma liderança nacional. Vai cobrar um possível apoio a um candidato lulista em 2010. O PT cresceu muito, talvez, proporcionalmente, entre os grandes partidos, tenha sido o que mais cresceu. Houve casos relevantes para a análise.

Por exemplo: tão importante quanto fazer a análise de por que Maria do Rosário perdeu em Porto Alegre, se possível sem dedos apontados para o linchamento, é fazer a análise de porque o PT ganhou em quase todo o cordão de cidades vizinhas que pertencem à grande Porto Alegre. Ao contrário de antes, quando era um bastião vermelho, a capital gaúcha agora está cercada por um anel rubro. Para além da questão dos acertos e erros de campanha, que são cruciais, é preciso chegar até a análise social do que está acontecendo no país e em suas diferentes regiões.

Outro exemplo: sim, Sérgio Cabral sai engrandecido com a vitória de Eduardo Paes e a derrota do neo-udenismo de Gabeira. Mas deve-se analisar qual o papel, nessa vitória, da crônica impossibilidade da esquerda carioca colocar uma plataforma e candidaturas viáveis, unindo-se em torno delas, e não apenas se concentrando na defesa de seus nichos.

No caso de S. Paulo, sim, de certo modo Serra venceu. Ou seja, derrotou Alckmin na disputa interna do PSDB, empurrou FHC mais para a sombra, e tornou-se o líder desse partido e, portanto, o cabeça-de-chave da direita nacional. Agora, atribuir a seco a vitória de Kassab ao empurrão de Serra é desconhecer pelo menos um fator preponderante nessa vitória: o próprio Kassab. Kassab obteve uma vitória contundente em S. Paulo capitalizando sim o anti-petismo que viceja na comarca paulistana, mas também porque sua administração avançou em alguns territórios que em outras eleições votaram em peso na ex-prefeita Marta Suplicy. E fez isto porque se afastou de balizas da gestão de Serra na prefeitura, fazendo uma administração mais “populista”, se me permitem tomar o jargão que a direita usualmente quer pendurar na esquerda.

Portanto, para se buscar uma visão que balize a discussão do resultado e da resultante, isto é, a eleição de 2010, é preciso ir além do tabuleiro político em sentido estrito, e se ver como estão se (re)alinhando as forças sociais que esse tabuleiro representa. Os pobres, ou os ex-pobres, se também tomarmos em conta os milhões de brasileiros que cruzaram o linha da pobreza para cima, estão cada vez mais cobrando voz na política. É a sua presença que vai definir o cenário futuro, é a força da sua maré que vai terminar de afundar a teoria da pedra no lago. Mas isso não significa, necessariamente, uma votação mais à esquerda. Se não houver trabalho de aproximação contínua com essa nova paisagem brasileira, periga ela tornar-se conservadora. A crise e seus efeitos vão dar a nota toante nos próximos tempos, junto com as propostas para enfrentar seus problemas, e o modo de explicitá-las.

Flávio Aguiar é editor-chefe da Carta Maior.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Entrevista do Lula

Como esse blog aqui é peixe pequeno perto do Balaio do Kotscho, que além de ter 300 anos de profissão, é amigo pessoal do Lula, nos limitamos a copiar e colar a entrevista exclusiva que o presidente deu pra ele:

Balaio do Kotscho

Presidente Lula/Entrevista exclusiva: “Desgastar o governo é uma imbecilidade”

Apurados os votos, no dia seguinte à eleição cada um faz suas contas de quem ganhou e quem perdeu. Políticos e jornalistas de todas as latitudes fazem suas análises sobre os resultados.

Achei melhor para os leitores do Balaio ouvir a opinião de quem entende de política um pouco mais do que eu: o presidente da República, meu amigo Luiz Inácio Lula da Silva.

Logo cedo, ele me recebeu contente da vida, no escritório da Presidência da República em São Paulo, num prédio na esquina da rua Augusta com avenida Paulista. É que hoje Lula faz aniversário (63 anos) e, assim que saiu do elevador, encontrou amigos, assessores, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e um bolo de chocolate com morango.

De roupa esporte, com sua jaqueta predileta que tem o brasão da República, ele me levou até a sua sala. Enquanto o presidente comia um pedaço de bolo, falamos só de dois assuntos _ a eleição de domingo e a crise econômica sem data para acabar.

Em seguida, ele teria uma importante reunião com Meirelles para fazer um balanço dos efeitos da crise econômica no Brasil e no mundo. Falariam também sobre a importante reunião do G-8 ampliado, no próximo dia 15, em Washington, para a qual Lula foi convidado pelo presidente George Bush.

Os dois assuntos acabaram se misturando no meio da conversa, quando Lula criticou quem joga na crise para tirar dividendos políticos com vistas à eleição de 2010.

“Lamentavelmente, temos um grupo de pessoas no país que está pedindo a Deus para que a crise chegue logo ao Brasil para desgastar o governo. O que é uma enorme imbecilidade. O Brasil não merece ser prejudicado porque nós fizemos as coisas certas e não temos que pagar pelos erros dos outros”.

A seguir, a entrevista com o presidente Lula:

Balaio: Está todo mundo hoje fazendo contas e análises sobre quem ganhou as eleições municipais. Para o Presidente da República, qual foi o resultado mais importante?

Lula: Quem ganhou estas eleições foi o processo democrático brasileiro. Foi mais uma eleição que transcorreu da forma mais tranquila possível. E foi uma eleição atípica porque todos os candidatos, do DEM ao PT, defenderam as parcerias com o governo federal. Como o povo está satisfeito, ganharam todos os prefeitos de capitais que disputaram a reeleição, menos o Serafim Corrêa, em Manaus. O povo mostrou que sabia o que queria. Quer manter as obras que estão em andamento em cada cidade.

Balaio: Mas, do ponto de vista dos partidos, quem cresceu e quem perdeu votos nestas eleições?

Lula: Três partidos perderam: DEM, PSDB e PPS. Os três partidos da oposição foram os que perderam mais prefeituras. E os partidos da base do governo todos eles cresceram: PT, PMDB, PSB, PCdoB, PP, PTB, todos.

Balaio: Em número de votos e de prefeitos o grande vencedor foi o PMDB, que agora está sendo apontado como o fiel da balança para a sucessão presidencial em 2010.

Lula: Ainda é muito cedo para tirarmos conclusões sobre os resultados de domingo. Eu não trabalho assim com esta antecedência porque em política as coisas não funcionam automaticamente, uma eleição definindo a próxima. Eu me lembro do Mário Covas que teve uma grande votação para senador em São Paulo e foi apontado como futuro presidente da República, mas ficou em quarto lugar, em 1989. Quando o Quércia fez do Fleury seu sucessor em São Paulo, também saiu em capa de revista como futuro presidente, mas teve só 5% dos votos, em 1994. Não dá para fazer uma ligação robotizada entre 2008 e 2010. É incorrer num grande erro. Cada eleição tem sua própria história, seus próprios candidatos, uma é diferente da outra. É como no futebol. Eleição presidencial é um clássico, e clássico não tem favorito…

Balaio: Vamos mudar de assunto, presidente. A eleição já passou e agora todo mundo quer saber como ficará sua vida diante desta crise econômica globalizada. O que vai acontecer com o mundo? O que vai acontecer com o Brasil?

Lula: Com o mundo, eu não sei o que vai acontecer… A única coisa certa é que vamos ter esta importante reunião em Washington no dia 15 de novembro em que deverão ser tomadas medidas para controlar o sistema financeiro internacional. Temos que fazer a regulação porque ninguém pode brincar com a economia, a ponto de causar prejuízos para todas as pessoas do mundo, sem produzir nada, apenas com especulação.

Balaio: E como fica o Brasil nesta história?

Lula: Teoricamente, esta crise pode causar problemas ao Brasil, mas numa escala bem menor do que em outros países. No Brasil, temos um sistema financeiro mais sólido, não envolvido no sub-prime. Temos um mercado interno ascendente, com muitas obras financiadas pelo governo federal e por grandes empresas, como a Vale do Rio Doce e a Petrobras, que não vão diminuir seus investimentos. Temos uma exportação hoje muito diversificada, não dependendo apenas de um ou dois países. Agora, sabemos que está faltando crédito no mundo. Não há mais confiança entre os bancos, sequer para funcionar o interbancário (empréstimos de um banco a outro). Mas também neste aspecto o nosso governo, com suas reservas e o compulsório, com bancos públicos bastante sólidos, pode ajudar a combater os efeitos da crise. A Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES vão cuidar de irrigar de crédito a economia.

Balaio: O que você diria para um cidadão brasileiro que te perguntasse se deve fazer um investimento ou esperar um pouco?

Lula: Falaria para ele investir. Outro dia, um sobrinho meu, o Rogério, que é caminhoneiro, veio me fazer esta pergunta. Ele estava na dúvida se deveria comprar um caminhão novo. Falei para ele: compra o caminhão.

Balaio: Mas nem todo mundo pensa assim. Alguns políticos e analistas econômicos já estão anunciando que a crise do fim do mundo está chegando por aqui e vai influir em 2010 …

Lula: Lamentavelmente, temos um grupo de pessoas no país que está pedindo a Deus para que a crise chegue logo ao Brasil para desgastar o governo. O que é uma imbecilidade, porque o Brasil não merece ser prejudicado. Nós fizemos as coisas certas e não temos que pagar pelos erros dos outros.

Balaio: Para terminar a nossa conversa, presidente: o que você gostaria de ganhar de presente de aniversário?

Lula: Já ganhei no sábado… O meu Coringão voltou pra primeira divisão…


Enviado por: Ricardo Kotscho - Categoria(s): Blog

Geléia Geral em campanha

Resolvemos acatar a sugestão que nos foi dada pela Sandra Schneider, brava socialista, petista das antigas e grande amiga deste blog, e estamos iniciando uma nova campanha política, aproveitando que o assunto eleitoral ainda está quentinho: com tantos apoios globais, tantos cantores e artistas, e com o seu notório "conhecimento da cidade" e tantas "idéias inovadoras" de "parcerias" com a iniciativa privada, temos certeza que Gabeira seria um excelente PREFEITO DO PROJAC!
Queremos convidar você para esta campanha que tem tudo para ser vitoriosa. Não temos dúvidas: Gabeira é o prefeito perfeito para uma cidade cenográfica.

Em qual planeta vivem os comentaristas da Globo?

As eleições estão encerradas em quase todos os municípios do país (faltando apenas um ou outro onde a barbárie imperou e a eleição foi anulada, como Santo Antônio de Pádua, aqui no RJ). A idéia não é publicar aqui um balanço detalhado, mas algumas coisas ditas na mídia saltam aos olhos (e aos ouvidos) de quem consegue juntar o coelhinho com a cenourinha.
Globo News: uma animada mesa passou quase todo o tempo discutindo a vitória do Serra/Kassab em São Paulo. Gabeira, o tucano verde derrotado no Rio, mereceu uma entrevista ENORME, e uma exposição muito maior do que o prefeito eleito nas urnas. Ainda teve cientista político dizendo que ele foi o grande vitorioso das eleições. Além disso, o clima geral era de tentativa de ensaiar um coro de derrota do PT, por conta das 3 capitais em que fomos derrotados hoje.
A minha "dúvida" é a seguinte: como é que um partido que ampliou de 18 prefeituras entre os 77 municípios com mais de 200 mil habitantes em 2004 para 21 em 2008 saiu derrotado? O PT é um dos partidos que mais cresceu, é o partido com o maior percentual de manutenção de prefeituras, o que elegeu mais prefeitos em capitais no primeiro turno e que estava presente no maior número de disputas de segundo turno. Agora eu quero saber: onde está a derrota?

domingo, 26 de outubro de 2008

Homenagem

Antes tarde do que nunca: este domingo é dedicado à memória de Luiz Carlos da Vila, que foi cantar, compor e beber em outras vizinhanças. Geléia Geral deixa aqui a sua homenagem.

Geléia Geral Vota...

Bom, como neste domingo haverá eleições em várias cidades Brasil afora, resolvemos fazer nossas indicações de voto. Não que essa postagem irá influenciar alguém ou definir alguma eleição. Ela serve apenas para não deixar dúvidas de que lado este blog está.
Aí vão nossos votos:
Salvador: Walter Pinheiro.
Porto Alegre: Maria do Rosário.
São Paulo: Marta Suplicy.
Contagem: Marília Campos.
São Bernardo do Campo: Luiz Marinho.
Juiz de Fora: Margarida Salomão.
São Luís: Flávio Dino.
Santo André: Vanderlei Siraque.
Petrópolis: Paulo Mustrangi.
Rio de Janeiro: Eduardo Paes (tampando o nariz).
Mauá: Oswaldo Dias.
Canoas: Jairo Jorge.
Pelotas: Fernando Marroni.
Anápolis: Antônio Gomide.
Macapá: Camilo Capiberibe.
Joinville: Carlito Merss.
Guarulhos: Almeida.
São José do Rio Preto: João Paulo Rillo.
Belo Horizonte: aproveite os botequins da capital mineira...

sábado, 25 de outubro de 2008

Onda verde é o cacete!

Se o título não deixou claro, vou explicar melhor: não voto em Gabeira nem pra síndico do meu prédio. E ponto final.
Nos últimos dias recebi inúmeros convites de amigos "entusiasmados" com a "onda verde" que se estende alegremente pela Zona Sul da cidade. Até aqui no Maracanã, onde moro, a marola chegou. Ouvi de tudo: orientação pra usar roupa verde no final de semana (felizmente, uma cor em falta no meu guarda-roupa); convite pra doar sangue, realização de uma campanha cívica (não poderia aceitar nem se eu quisesse, pois tive hepatite. No entanto, antes da doença, eu doava sangue regularmente, e não pra fazer presepada pra candidato A ou B)); intimações para me juntar à "elite intelectual do Rio", toda com Gabeira (me desculpem, mas Jabor, Caetano, Paula Toller e cia nunca foram grandes referências da minha vida... sem contar que o conceito de "elite intelectual" é nojento...), e convites para correntes virtuais. Diante da minha negativa em participar de qualquer coisa da campanha deste cidadão, fui enxovalhado, acusado de perder a sanidade, como se fosse uma verdade inexorável que Gabeira é o melhor pro Rio. NÃO É.
Primeiramente, vamos deixar claro: eu sou um habitante do Rio REAL. Não sou um personagem de novela do Manoel Carlos, minha cidade não se restringe ao Leblon, meus problemas são maiores do que o engarrafamento na Borges de Medeiros. Em segundo lugar, sou comunista, militante do PT, com muito orgulho sim senhor, e mesmo quando a realidade insiste em me confundir (porque Paes representa um pensamento conservador, é a política tradicional na sua roupagem tradicional), o "instinto de sobrevivência de classe insiste em me dar umas bolachas: a presença de Armínio Fraga, Marcello Alencar, César Maia, Arnaldo Jabour, Merval Pereira, Roberto Freire, Kassab, José Serra, Agripino, Arthur Virgílio, Zito e demais expoentes do pensamento da direita, todos juntos e reunidos no mesmo palanque, necessariamente, por efeito de reação, me coloca no palanque oposto. Mesmo que neste palanque oposto estejam o Dornelles, o Picciani, o Crivella e demais escrotos de plantão. Votando em Paes, tenho algumas companhias que me confortam: Jorge Bittar, Dilma Roussef, Alessandro Molon, Adilson Pires, Jandira Feghali, Edmilson Valentim... respeito Marina Silva, Leonardo Boff e Moacyr Luz, que declararam voto no Gabeira. Mas nenhum desses três terá que usar o SUS, a rede municipal de educação, nenhum deles pega ônibus para ir ao trabalho (como faço todos os dias).
Além disso, tenho cá pra mim que, sempre que um político mente, o faz com promessas de pautas progressistas. Ninguém mente pela direita. O que quero dizer com isso? Que quando Gabeira AFIRMA no seu programa que o Rio precisa de um CHOQUE DE CAPITALISMO, não é figura de linguagem. E quem vai sentir o choque na carne é a população que não mora na beira da praia. No debate de ontem, na Globo, Gabeira reafirmou suas intenções: exames laboratoriais? Ah, deixa com a iniciativa privada! Controle administrativo dos hospitais? Ah, podemos copiar São Paulo e entregar tudo pras "Organizações Sociais"! E o lixo da cidade? Alguém tem dúvida que é pra despejar na Zona Oeste, aquela terra de Marlboro? Pessoal, na boa, tô fora.
Por último, que ninguém venha me dizer que Gabeira é ÉTICO, PROGRESSISTA e que irá construir uma gestão de TÉCNICOS COMPETENTES. Não existe neutralidade axiológica: todo técnico está a serviço de alguma política. Armínio Fraga é tão técnico quanto a Maria da Conceição Tavares. O primeiro colocou seus conhecimentos a serviço do capital especulativo, enquanto que a segunda dedicou a vida a construção de valorosas contribuições para o pensamento econômico brasileiro. Não preciso dizer qual dos dois que eu admiro mais, né? Além disso, o "ético" que botou o dedo na cara de Severino Cavalcanti é o mesmo escroque que o ELEGEU, apenas para derrotar Lula e o PT. O "ético" que "denunciou", com 2 anos de antecedência, a "bandalha do governo" é o mesmo verme que inocentou no seu relatório o tucano Antero Paes de Barros, corrupto notório, e que ganhou de presente, por belos serviços prestados aos tucanos, a capa da Veja (e inúmeros outdoors pela cidade toda estampando sua carinha de coruja) na ÚLTIMA SEMANA antes das eleições de 2006. É o mesmo escroto que construiu fama como grande "cabeça" do sequestro do Charles Elbrick. Escreveu um livro, ganhou dinheiro e reconhecimento por um papel protagonista que ele NUNCA exerceu. Deixou, por vários anos, que atribuíssem a ele a autoria de um texto na verdade escrito por Franklin Martins, pra poder se beneficiar da situação. E progressista que vota pela privatização da Vale do Rio Doce, que vota contra a regulamentação de convenções da Organização Internacional do Trabalho, que indica secretários e apóia com prazer os 3 governos Cesar Maia é, no máximo, um REACIONÁRIO FILHO DA PUTA TRAVESTIDO DE "MODERNINHO".
Não contem com a minha ajuda para construir o palanque do PSDB em 2010. Estou com Lula, estarei com a Dilma, e não farei nada que coloque em risco a manutenção de um projeto que está modificando a cara do país. Os meus interesses não se reconhecem na onda verde-tucana que, espero, morra na praia amanhã.
Um abraço,
Bernardo Cotrim

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um blog sobre o nada

Ao ser perguntado sobre qual seria o tema do seriado que estrelava na TV americana, o ator e humorista americano Jerry Seinfeld respondeu que fazia "uma série sobre o nada". A idéia do Geléia Geral é mais ou menos parecida: um blog feito por amigos, que provavelmente será lido apenas por nossos amigos (se eles tiverem saco...) e que tem como tema central o NADA. Isso nos dá liberdade pra falar sobre absolutamente TUDO: política, futebol, música, gastronomia, cinema, literatura, cerveja e o que mais der na telha. De cara, estabelecemos os princípios que fundamentam nossa parceria: este é um Blog socialista, amante do futebol-arte (e por coerência, declaramos desde já que apoiamos qualquer iniciativa que tenha como objetivo a esculhambação pública do Dunga), boêmio por natureza, carnívoro (por favor, não venham defender os benefícios de uma dieta vegetariana aqui neste espaço; no momento em que escrevemos este texto inicial, estamos nos recuperando dos quilos de animais mortos levemente assados no braseiro que acabamos de consumir numa churrascaria carioca), apaixonado por boa música (e de Astor Piazzola até Zé Ketti vale tudo, passando por Gilberto Gil, The Who, Jacob do Bandolim, Miles Davis, Cream, Edu Lobo, Frank Zappa e um enorme ETC...)... Também declaramos que O Poderoso Chefão encabeçará qualquer lista de "os melhores filmes já feitos nesta galáxia" que possa ser publicada no Geléia Geral, que "House" é o melhor seriado de todos os tempos, que a mídia brasileira é um braço poderosíssimo a serviço da direita e que se o Jabuor pode defender voto no Kassab e no Gabeira no jornal, nós também podemos usar este espaço pra fazer campanha PRA TODOS OS CANDIDATOS DO PT ENVOLVIDOS EM QUALQUER ELEIÇÃO A QUALQUER MOMENTO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE.
De resto, esperamos que você, que neste momento está lendo estas linhas, curta os textos, mande sugestões, comente os nossos comentários... não esperem de nós muita disciplina: o Geléia Geral terá a periodicidade de uma nova postagem a CADA VEZ QUE DER NA TELHA. Queremos que esta ferramenta seja uma grande diversão para os seus autores, e que a gente consiga transmitir um pouco do prazer que sentimos ao falar besteira e bater papo no botequim para você que está lendo. Nos vemos por aí.
Um abraço,
André Louzada
Bernardo Cotrim