segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Nota Oficial da CONTRAF/CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) manifesta grande preocupação com a fusão entre os bancos Itaú e Unibanco, anunciada nesta segunda-feira 3 de novembro, por entender que a concentração bancária no Brasil é prejudicial para a economia, para os clientes e usuários e também para os bancários.

A crescente concentração é ruim para os clientes e usuários porque diminui a competição no sistema financeiro nacional, fortalece excessivamente os grandes bancos e diminui a possibilidade de redução dos juros ao consumidor, do spread e das tarifas e taxas bancárias.

É prejudicial para a sociedade porque o sistema financeiro nacional, além de cobrar os juros mais altos do mundo, é um dos que menos fornece crédito aos setores produtivos da economia. A grande concentração de recursos e de poder nas mãos de poucos grandes bancos pode acentuar essa tendência, que contraria a razão da existência do próprio sistema financeiro.

Por último, a concentração do sistema financeiro representa um risco para os empregos e para os direitos dos trabalhadores bancários, como historicamente demonstram as fusões ocorridas nos últimos anos, sobretudo as conduzidas pelo Banco Itaú.

A Contraf/CUT vai se reunir com o Banco Central e com Cade para solicitar que exijam dos dois bancos contrapartidas para que a fusão não traga efeitos prejudiciais para a sociedade e para os clientes e usuários.

E já solicitou negociação com as diretorias do Itaú e do Unibanco para discutir a fusão e buscar um acordo para evitar que ela tenha impactos negativos tanto no nível de emprego como nas taxas de juros, nas tarifas e na oferta de crédito, para que a economia brasileira continue crescendo e sofra os mínimos efeitos possíveis da crise internacional iniciada no sistema financeiro norte-americano.

A direção da Contraf/CUT

Biro-Biro enfrenta Ronaldinho Gaúcho

Simplesmente HILÁRIO!

Dossiê Crise Financeira

A crise financeira global do capitalismo já é um feito. Mas as principais perguntas clássicas que o pensamento crítico se faz em circustâncias como esta estão sem respostas conclusivas por parte da intectualidade de esquerda e progressista. Procurando aprofundar o debate publicamos aqui um dossiê com pontos de vista variados - inclusive contraditórios entre si - do cientista político brasileiro José Luis Fiori, da economista brasileira Maria da Conceição Tavares, do cientista político filipino Walden Bello e do economista alemão Elmar Altvater.

Os artigos estão no site Perspectiva Internacional, no link http://www.democraciasocialista.org.br/pi/index.php?option=content&task=view&id=821&Itemid=54 . Boa leitura.

Cervejaria Colorado protesta!


Resposta da Cervejaria Colorado a Fergal Murray

COMUNICADO DE INDIGNAÇÃO

Movimento “Quem é você que não sabe o que diz”

A Cervejaria Colorado vem a público manifestar sua indignação ao comentário maldoso, pouco ético e sem fundamento emitido pelo mestre-cervejeiro da Guinness, Sr. Fergal Murrey, em relação à cerveja brasileira.


Agora que a Europa está em crise, parece que as grandes cervejarias estrangeiras começam a ter um grande interesse no nosso mercado. Semana passada esteve em São Paulo o cervejeiro da Guinness Sr. Fergal Murray “a convite” da multinacional DIAGEO, para ensinar brasileiro a beber cerveja, a deles.

Foi ao Anhanguera, que só vende cervejas artesanais brasileiras, e com uma careta qualificou a cerveja Demoiselle, da Cervejaria Colorado, como "É café, gelo e álcool". Oras bolas, Sr. Murrey! Gosto à parte, mas paladar é fundamental nesta nossa jornada de cervejeiro. Preferimos acreditar que fôlego lhe faltou neste maravilhoso tour beergastronômico pelo Brasil. Pior ainda foi que o comentário saiu publicado no Jornal da Tarde do último dia 21/10/2008, sob o título “Em busca da loira perfeita”.

Em resposta a este palpite infeliz do Sr. Fergal Murray, fazemos questão de manifestar nossa indignação e desrespeito à cerveja brasileira, que com muita luta vem criando sua própria escola, com muita garra, perseverança e dedicação das micro-cervejarias.
O referido palpite do Sr. Murrey não surtiria tanta indignação se viesse de uma observação isenta, mas o texto já desde o título dita idéias eugênicas (“Em busca da loira perfeita”, como se toda cerveja fosse loura e alguma delas perfeita), e segue num tom abertamente colonizador com o cervejeiro, pretendendo ensinar o repórter a beber, ser homem e assumir o controle. Rechaçamos com veemência esse tipo de postura.

Quem nos lê sabe que a Cervejaria Colorado é brasileira com muito orgulho, e utiliza os melhores ingredientes somados a toda criatividade de profissionais respeitados e premiados no segmento para elaborar seu portifolio. E a Colorado não faz só a Demoiselle, faz vários outros tipos de cerveja usando maltes e lúpulos, é claro, mas também ingredientes tipicamente regionais, como o mel de laranjeira, a mandioca, a rapadura e o café. Isso nos difere das estrangeiras, está fazendo com que nossas vendas aumentem a cada dia, e o mais importante, estamos agradando e construindo o paladar brasileiro para as cervejas premium. Será que é isso que aflige a produção massificada a ponto de ser recebermos comentários nada éticos como o do Sr. Murrey?

Então, como ninguém da Cervejaria Colorado vai à Irlanda espinafrar por escrito as cervejas irlandesas, resolvemos dedicar um sambinha ao Sr. Murray:

PALPITE INFELIZ
(CANÇÃO ADAPTADA de Noel Rosa, em honra a Ricardo Rosa, autor da Demoiselle)

Quem é você que não sabe o que diz?
Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!
Salve Dado, Bamberg, Falke
Wals e o Schmitt
Que sempre souberam muito bem
Que a Colorado não quer abafar ninguém,
Só quer mostrar que faz cerveja também
Fazer cerveja em Ribeirão é um brinquedo
Temos bons chopes sabe até o arvoredo
Eu já chamei você pra ver
Você não viu porque não quis
Quem é você que não sabe o que diz?
A Colorado é uma cervejaria independente
Que tira chope, mas não quer tirar patente
Pra que ligar a quem não sabe
Aonde tem o seu nariz?
Quem é você que não sabe o que diz?

Deixamos aqui registrado nosso pesar ao paladar vicioso do Sr. Murray, que ao experimentar o novo e inusitado produto tropicalizado brasileiro não soube apreciar o que tem sido aclamado pelo público nacional. A todos os outros desejamos um brinde!


Segue link da matéria do JT para quem quiser conferir na íntegra:
http://txt.jt.com.br/editorias/2008/10/21/var-1.94.12.20081021.1.1.xml


OBS. REPASSE ESTA MENSAGEM A TODOS QUE APRECIAM A CERVEJA NACIONAL E O TRABALHO DAS MICROCERVEJARIAS BRASILEIRAS.


Marcelo Carneiro da Rocha
Presidente da Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto / SP – Brasil