sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre dinheiro público e outras coisas que não dão em árvore

Hoje, exatamente um dia após o 'Centenada' do Curintia (a piada é muito boa pra passar... mas todo respeito aos manos) voltamos àquela discussão embrionário do Brasil - isentar ou não isentar no fisco.

Antes quando tudo era feito na cara dura e na sacanagem. No tempos de Laudo Natel e outros bichos o SPFC ganhou terreno no Morumbi, ganhou soldados-pedreiros do governador, mas eram outros tempos, ficou por isso mesmo e o Cícero Pompeu de Toledo tá lá privadissímo. Afinal quem vai levantar dúvidas de time tão ilibado, profissional, modelo de modernidade tupiniquim?

Agora, pelo milésima vez, parece que o sonho dos irmão vai sair do papel e o Corinthians vai ter ser próprio estádio, lá em Itaquera - é nóis que tá! Só que tanto para o time do povo como para Internacional de Porto Alegre e Clube Atlético Paranaense o discurso é: Não haverá dinheiro público em estádios privados.

Mas haverá isenção de impostos para as obras, o que conforme notícia da Folha, baratearia o custo final em 20%. UMA PUTA FALTA DE SACANAGEM COM OS OUTROS TIMES?

Contudo, temos de nos lembrar que quem trouxe essa Copa pro nosso quintal não foi o time do povo, o colorado ou a galera do furacão, foi o nosso governo federal que derrepentemente (como diz o mano) percebeu que no Brasil existem importantes cidades que não tem estádios públicos ou esses estádios públicos não podem receber as reformas desejadas (vide Pacaembu).

O que fazer? Largar de mão dessa Copa e ir trabalhar?

Coleguinhas, ingenuidade mata e até o Bourdieu, que tá mais frio que câmara de açougue, sabe que se o Brasil quer ocupar um lugar de destaque nesses anos vindouros não é só no campo econômico e político que as coisas acontecem. O campo esportivo tem sua importância inalienável nos nossos tempos, traz consigo representações simbólicas, é entretenimento de massas e espaço da formação de subjetividade dos indivíduos. E quem não acredita é porque nunca tomou ônibus, nunca conversou com o seu porteiro ou é um indivíduo isento de emoção tal qual um picolé frutare!

E essa farra do dinheiro, até onde vai?

Como em qualquer outro espaço até a gente se organizar, reclamar, bater lata, bater em dirigente amador safado, até termos um TCU honesto que jogue junto do povo e não dos aproveitadores do dinheiro público.

Afinal continuamos esperando o fechamento das contas do Panamericano do Rio de Janeiro. O tempo passa, mas a gente não esquece!