sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sérgio Mamberti é o novo presidente da FUNARTE


Brasília - Sergio Mamberti, novo presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte) Foto: José Cruz/ABr


O ministro da Cultura, Juca Ferreira, anunciou hoje o novo presidente da Fundação Nacional das Artes (FUNARTE). Trata-se do ator Sérgio Mamberti.

Na anúncio Ferreira falou sobre o desafio de revitalizar e "dar um novo gás" à instituição. “Vamos apresentar ao governo uma proposta de reformatação da Funarte para que ela seja uma instituição de fato nacional. Esse projeto começa a ser posto em prática tão logo o novo presidente assuma”.

O ministro rememorou ainda a importância do papel da Funarte na fase de redemocratização do país. “Era a principal instituição cultural e a mais criativa, a mais incisiva. Foi a que de fato liderou o processo de reconstrução de padrões culturais do Estado brasileiro, mas durante o governo Collor houve um desmonte das instituições culturais. Depois que assumimos, conseguimos revitalizar todas. Só está faltando a Funarte”.

Ferreira disse que em breve sairá a segunda portaria de desburocratização. “Recebemos cerca de dois mil projetos por mês, muito mais do que podemos absorver. A idéia é desburocratizar, informatizar para que o acesso aos recursos sejam mais rápido.”

Segundo Mamberti, que milita há 50 anos na área cultural e é um dos principais ícones do Setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores, trata-se de um cargo emblemático, “por se tratar da Fundação Nacional das Artes, que teve um papel muito importante durante o período da ditadura, pela criatividade, pela eficácia, pela competência com que se estabeleceu”.

Mamberti chega à Fundação após a saída conturbada do também ator Celso Frateschi, que pediu demissão depois de ter sido denunciado pelo Jornal O Globo de haver favorecido a companhia de teatro Ágora, coordenada por sua esposa.

Campanha convoca homens a lutar pelo fim da violência contra a mulher*




O governo brasileiro lançou nesta sexta-feira (31) a campanha Homens Unidos pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Com isso, o país é o primeiro a aderir a campanha mundial, criada em fevereiro desse ano, pela Organização Nações Unidas (ONU), para mobilizar a população masculina em torno do problema.

No Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. No mundo, uma a cada três mulheres já foi espancada, estuprada, escravizada ou sofre algum tipo de violência. Os dados são da Fundação Perseu Abramo e da Anistia Internacional, respectivamente.

A campanha brasileira consiste na utilização do site www.homenspelofimdaviolencia.com.br para reunir assinaturas de homens que queiram participar da iniciativa. A meta é atingir 90 mil adesões. O endereço eletrônico será distribuído a redes, sindicatos, associações, comunidades e instituições e assinaturas também são coletadas em grandes eventos públicos.

No site, já constam as assinaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, do Congresso Nacional, Garibaldi Alves, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, e também do ex-jogador da seleção brasileira de futebol, Raí.

Durante a solenidade de lançamento da campanha, em Brasília, a representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Alana Armitage, destacou que Lula foi o primeiro presidente a responder à chamada da ONU com campanha específica voltada aos homens. "Os homens precisam ajudar para que haja zero tolerância da violência contra as mulheres."

Para a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, as situações de violência contra a mulher não podem ser vistas como eventualidades. “A violência contra a mulher não é causada porque um homem perde a cabeça ou chega em casa embriagado, não é briga de casal. É violência sistemática, onde um detém o poder sobre o outro, numa relação desigual", afirmou Nilcéia.

Para a representante do Fundo para o Desenvolvimento das Nações Unidas (UNIFEM), Ana Falú, o combate ao problema passa por uma mudança cultural. "A violência contra as mulheres é um tema público e não privado, que deve ter como premissa a uma mudança na cultura masculina. Só assim acabaremos com este flagelo".

O coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Pedro Chequer, foi o nono homem a assinar a lista brasileira. Ele acredita que a mudança cultural não deve também do ponto de vista da mulher e não apenas na perspectiva masculina. “Em vários países há, por parte da mulher, uma perspectiva cultural de aceitar a violência masculina como justa e natural”, explica Chequer.A campanha mundial “Unite to End Violence Against Women”, convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em fevereiro deste ano, dura até 2015.

*As informações foram retiradas do sítio do PT (www.pt.org.br).

Deu no Futebol, Política e Cachaça


O Vaticano quer saber: você é casado? Tem filhos?

Depois do questionamento que desanimou boa parte da militância petista em São Paulo e fez muita gente tomar Dramin até o dia da eleição, a imprensa deixou de dar destaque a manifestações mais ou menos homofóbicas que aparecem discretamente no noticiário.

Claro que é muito mais fácil bater no PT do que no Vaticano. Mas o politburo de Bento XVI anunciou nesta quinta-feira, no documento "Orientações para o uso das competências da psicologia na admissão e formação dos candidatos ao sacerdócio", que irá recorrer a psicólogos para avaliar se os seminaristas são homossexuais.

Dentre os “sintomas” que os psicólogos deverão detectar estão "as dependências afetivas fortes", a "identidade sexual incerta" e "a tendência arraigada à homossexualidade". Contudo, o documento ressalta que, democraticamente, os candidatos a padre só serão submetidos ao teste psicológico com "o consentimento prévio, livre e explícito". Fico imaginando o que pode acontecer com que se negar a participar de tal teste...

Como tudo na cúpula da Igreja Católica, o documento foi elaborado com rapidez. Demorou apenas seis anos para ser confeccionado, uma ano a mais do necessário para finalizar a estátua do Cristo Redentor. Tais medidas datam da época em que João Paulo II ainda habitava o reino dos vivos e a idéia, na prática, é evitar que novos escândalos envolvam sacerdotes da Igreja de São Pedro.

O curioso é que a deixa para tais atos seja os casos de pedofilia envolvendo padres. Ora, há uma equivalência pra lá de equivocada entre homossexualidade e pedofilia, esta última entendida, de acordo com a OMS, como "preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes ou não". Ou seja, tal prática criminosa não é restrita a homossexuais, como até os coliformes do Tietê sabem. Fazer esse tipo de relação é tão absurdo como dizer que todo padre é pedófilo ou asneira semelhante.

Aliás, deveras curiosa a relação da Igreja Católica com os homossexuais. O Catecismo pondera que a tendência à homossexualidade não é pecado, mas a prática – ah, a prática -, essa sim. É uma “depravação grave”, ato “intrinsecamente desordenado e contrário à lei natural”. E segue dizendo que “um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta”.

Como se vê o catecismo é bem respeitoso com os homossexuais dizendo ser contra a discriminação. Mas, logo em seguida, os chama à “castidade”. Ou seja, a Igreja admite que uma pessoa possa ser homossexual, mas “praticar” não pode. Se bem quem nem os heteros podem fazê-lo antes do casamento. Como não existe casamento homossexual, resta a opção pelo celibato. E, pior: nem se for celibatário ele pode ser padre. Vida difícil que vive o católico gay...

Em tempo: não é só na Igreja Católica que existe uma confusão a respeito de homofobia. Aliás, já vi um belo presépio em exposição no Mosteiro São Francisco, em São Paulo, onde lá estavam representados homossexuais e outros segmentos excluídos e/ou discriminados da sociedade. Nem sempre a base segue a cúpula. Ainda bem.

Mas realmente é de arrepiar quando se vê que em um lugar onde deveria estar – ou se acha que está – a “nata” da intelectualidade paulista, ocorre um episódio como esse. Pra quem não quiser ler o link, trata-se de um casal homossexual que foi expulso de uma festa na Veterinária da USP. Pobre Iluminismo brasileiro...

Retirado do blog Futepoca: www.futepoca.com.br

Ronaldo no Flamengo?

Caio Júnior podia aproveitar que o Ronaldo treina todos os dias na Gávea e convencê-lo a jogar as últimas partidas que faltam para o Mengão. Convenhamos, mesmo gordo, manco, bêbado e pulando num pé só o fenômeno joga muito mais que o Obina. Aí eu até volto a acreditar no hexa.

Dá-lhe, Rubinho!

Rubinho Barrichelo tem, neste domingo, a maior chance de sua vida para entrar na história do automobilismo e guardar, de vez, seu lugar no coração da torcida brasileira: é só enfiar o carro com vontade na traseira do Hamilton e tirar o inglês da corrida, abrindo caminho pro Massa ser campeão!
Dá-lhe, Rubinho!

Sonny Rollins

Sonny Rollins esteve no Rio, apresentando-se no Tim Festival (antigo Free Jazz). Fiquei doente de vontade de ir, mas o ingresso mais BARATO custava 240 reais. Isso mesmo, DUZENTOS E QUARENTA REAIS.
Para os duros amantes do jazz, recomendo os discos do colosso do sax, e deixo aqui um brinde (cortesia do You Tube):

O apito amigo tricolor

É fato que a arbitragem brasileira é uma merda. Nossos juízes, de um modo geral, oscilam entre aqueles que apitam falta inclusive quando um jogador peida e aqueles que "deixam o jogo seguir", mesmo que um jogador dê uma voadora no peito de outro.
O resultado de tanta incompetência é que, rodada sim, outra também, torcedores de pelo menos uns 4 clubes passam o dia seguinte resmungando - e com razão. Ontem mesmo o Salvio Spínola deixou de dar um pênalti no Juan que poderá decidir o campeonato... pra quem acha que é choro, essa foto é ótima:

Mas o fato relevante é o seguinte: a cada rodada, mudam os clubes que sofrem nas mãos dos sopradores de apito. O Flamengo prejudicado ontem é o mesmo que pode vencer a próxima partida com um gol de mão e em impedimento. O que não muda nunca é o São Paulo. Sinceramente: alguém se lembra da última vez que o São Paulo foi prejudicado pela arbitragem? E não é só nos lances escandalosos, como a garfada que o Botafogo levou anteontem. É também nas pequenas coisas. Por exemplo: o Rogério Ceni tem permissão pra ficar o dobro do tempo com a bola que os demais goleiros "mortais". Pode demorar séculos pra bater cada tiro de meta; pode ir andando vagarosamente pra cobrar uma falta no fim da partida, que o juiz espera sorrindo. Aloísio Chulapa, quando comandava o ataque tricolor, tinha carta branca pra distribuir cotoveladas e pra puxar os zagueiros pela camisa em TODOS os lances. Agora comandado pelo "cai-cai" Dagoberto, o ataque tricolor é sempre premiado com faltas na entrada da área, cavadas nas quedas espetaculares do centroavante mirradinho. É impressionante como isso não mereceu uma reportagem até hoje na imprensa esportiva. Talvez porque o clube seja o queridinho da mídia, "modelo de gestão, planejamento e modernidade".
Não quero, com isso, manchar os dois últimos títulos do São Paulo; foram conquistados com larga vantagem sobre seus oponentes, em campanhas inquestionáveis. No entanto, em um campeonato embolado como o Brasileirão 2008, tamanha condescendência da arbitragem, que na dúvida, parece sempre soprar a favor do clube do Morumbi, pode ser o diferencial para a terceira conquista consecutiva do São Paulo. O que seria uma tremenda injustiça.