quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Figuraça da semana
Dilma: PAC criou ciclo virtuoso que coloca o Brasil na vanguarda do pós-crise
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira (6), na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que o diferencial desta crise econômica é que o governo é parte da solução e não do problema, como acontecia antigamente. Segundo Dilma, as obras do PAC são uma salvaguarda para o Brasil.
Ela lembrou as crises de 1998, 2000 e 2002 e citou que, nestas oportunidades, o país teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e que as contrapartidas, para obter ajuda financeira externa, eram cortes nos investimentos.
“Agora, em que pesem canais de transmissão da crise (...), estamos ajudando o setor privado e impedindo que se desmonte o que conseguimos hoje: um crescimento sustentável”, disse.
A ministra afirmou que o PAC pode colocar o Brasil na vanguarda do pós-crise e destacou que outros países já buscam aumentar os investimentos públicos para acelerar a economia.
“O PAC, quando se iniciou, foi a retomada do investimento, com planejamento de curto, médio e longo prazo. Ele retomou o crédito, melhorou a regulação, fez a articulação entre o publico e o privado, construiu com os entes federativos uma parceria. Este círculo virtuoso é fundamental para as condições de saída da crise. (...) A manutenção do PAC é o nosso passaporte para o futuro”, destacou.
Ela disse ainda que o volume de investimentos do programa deve ser aumentado. A previsão inicial era de R$ 504 bilhões, somando recursos públicos e privados em quatro anos. “Iremos fazer uma reavaliação, porque, sem sombra de dúvida, teremos um volume maior. Novas obras foram incluídas. Só o trem de grande velocidade (entre Campinas e Rio de Janeiro) terá investimento de R$ 18 bilhões”.
Dilma reafirmou que o governo irá poupar o PAC de eventuais cortes. “O PAC assegura a manutenção do ciclo de crescimento econômico, principalmente com a decisão do governo de que o PAC não terá cortes. O governo vai financiar a demanda por crédito de longo prazo e construir pontes financeiras para atravessar este momento”, disse.
para acessar a notícia em seu sítio de origem:
http://www.pt.org.br/portalpt/index.php?option=com_content&task=view&id=72014&Itemid=195
Uruguai aprova lei de descriminalização do aborto
O resultado final da votação na Câmara dos Deputados foi de 49 votos a favor e 48 votos contra, com a presença de 97 dos 99 integrantes dos parlamentares.
Ameaças
Nesta terçafeira, 4, os debates sobre o projeto de lei foram interrompinos após uma ameaça de bomba. "Após a revisão dos especialistas, chegou-se à conclusão de que foi alarme falso e os legisladores voltaram às suas bancadas", afirmou um deputado a Agência Efe. "Além disso, os legisladores resolveram que o trabalho não voltará a ser interrompido caso sejam recebidas novas ameaças", acrescentaram. As tribunas do Parlamento, onde várias pessoas se concentraram para presenciar o debate legislativo, também foram esvaziadas por causa da falsa ameaça.
Na véspera do debate parlamentar, cerca de três mil pessoas fizeram uma passeata pelo centro de Montevidéu, liderados pela organização Pró-Vida, contrária à legalização do aborto.
As informações são do sítio da Revista Fórum (link ao lado).
Mais uma do Gilmar Mendes
O presidente do STF, Gilmar Mendes, não consegue ficar duas semanas sem abrir a boca pra nos relembrar que é de direita. O currículo do sem vergonha é extenso, e inclui serviços prestados ao governo FHC, ao Daniel Dantas... a última dele foi encher a boca para, retrucando uma declaração da Dilma Roussef (que afirmou que o crime de tortura não são beneficiados pela prescrição), afirmar que o "crime de terrorismo(sic) é imprescritível".
A polêmica sobre julgamentos de crimes de tortura cometidos durante o regime militar foi suscitada na semana passada pela AGU (Advocacia Geral da União). Subordinada à Presidência, o órgão informou que atos de tortura praticados na ditadura foram perdoados pela anistia. O parecer integra um processo que responsabiliza os militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel por morte, tortura e desaparecimento de 64 pessoas durante a ditadura. No entanto, o parecer da AGU foi criticado pelos ministros Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Tarso Genro (Justiça) e Dilma (Casa Civil).
A intenção do Ministro Gilmar Mendes me parece bem clara: além de dar uma sinalização para que os torturadores relaxem, pois existe um aliado no mais alto posto do judiciário brasileiro, Gilmar quer abrir polêmica com a Dilma, colocá-la no centro de uma discussão sobre as ações da esquerda clandestina na ditadura, adjetivadas de "terrorismo", com o intuito de queimar o filme dela, candidatíssima ao governo federal. Para Gilmar Mendes, a campanha de Serra já começou, e ele é um cabo eleitoral animadíssimo.