quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mais uma do Gilmar Mendes



O presidente do STF, Gilmar Mendes, não consegue ficar duas semanas sem abrir a boca pra nos relembrar que é de direita. O currículo do sem vergonha é extenso, e inclui serviços prestados ao governo FHC, ao Daniel Dantas... a última dele foi encher a boca para, retrucando uma declaração da Dilma Roussef (que afirmou que o crime de tortura não são beneficiados pela prescrição), afirmar que o "crime de terrorismo(sic) é imprescritível".

A polêmica sobre julgamentos de crimes de tortura cometidos durante o regime militar foi suscitada na semana passada pela AGU (Advocacia Geral da União). Subordinada à Presidência, o órgão informou que atos de tortura praticados na ditadura foram perdoados pela anistia. O parecer integra um processo que responsabiliza os militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel por morte, tortura e desaparecimento de 64 pessoas durante a ditadura. No entanto, o parecer da AGU foi criticado pelos ministros Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Tarso Genro (Justiça) e Dilma (Casa Civil).

A intenção do Ministro Gilmar Mendes me parece bem clara: além de dar uma sinalização para que os torturadores relaxem, pois existe um aliado no mais alto posto do judiciário brasileiro, Gilmar quer abrir polêmica com a Dilma, colocá-la no centro de uma discussão sobre as ações da esquerda clandestina na ditadura, adjetivadas de "terrorismo", com o intuito de queimar o filme dela, candidatíssima ao governo federal. Para Gilmar Mendes, a campanha de Serra já começou, e ele é um cabo eleitoral animadíssimo.

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