segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O gosto ruim

Essas foram daquelas meia vitórias que ficam o gosto ruim na boca da gente, gosto de derrota.

Mais quatro anos de tucanos em São Paulo, começo achar que é isso que a população paulista merece - uns pelo voto explícito no Sr. Burns e no picolé de chuchu, outros pela revanche de algum Deus cruel e sacana.

Contudo, você mané, que quer se enterrar e levar a gente junto, ainda foi lá e votou no Tiririca, porque pior do que tá não fica. Mas fica sim, com Tiririca e Valdemar Costa Neto, mas como dizia o narrador: É disso, É disso que o povo gosta Adison!

Tanto gosta de se (quuuuuiiiiiiizzz verbo que começa fe e termina com rrar - despreze a divisão de sílabas) que estamos nós em mais um desgastante segundo turno, flertando com o abismo. E se dependermos dos coleguinhas dessa terra de cá, faremos o que se espera da locomotiva do Brasil, daremos um passo a frente.

Que o resto do Brasil nos ajude...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

José Serra - O mais exilado de todos




A história do Brasil é rica em episódios que muito dizem das convicções e crenças de seus cidadãos. A anistia de 1979 é uma delas. A anistia foi o resultado de uma luta que envolveu muita gente deste país para que aqueles que haviam sido perseguidos e exilados pela ditadura militar pudessem ser reintegrados e voltar a ser cidadãos brasileiros. Naqueles anos, entre aqueles mais lembrados pelos brasileiros e temidos pelos que usurpuram o poder em 1964 estavam nomes como Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes, Gregório Bezerra, João Amazonas, entre outros. Mas, quando adquirimos o primeiro fascículo de uma série dedicada à obra de Chico Buarque de Holanda, publicada pela editora Abril, ficamos sabendo que havia apenas um exilado: José Serra... (que, curiosamente, voltara um ano antes da lei de anistia, enquanto os acima citados somente voltam em 1979, depois da lei de anistia; ou seja, não existia mais nada contra ele por parte da ditadura militar [aliás. como é isso mesmo?...).
A imagem é desta versão sobre o único exilado.
(Texto de Roberto)

sábado, 11 de setembro de 2010

Carta Aberta ao Jornal O Globo


Hoje, no início da tarde, resolvi num rompante escrever essa carta a'O Globo, encerrando minha assinatura. Surpreendi-me com a publicação da mesma no blog RS Urgente, do brilhante jornalista Marco Aurélio Weissheimer, e com a repercussão na web. Pois bem, resolvi publicá-la aqui também.

Carta Aberta ao jornal O Globo

Comecei a ler O Globo diariamente aos 6 anos de idade. Meus pais, leitores “compulsivos” (como se diz por aí, “minha mãe lê até bula de remédio”), eram assinantes do jornal e o hábito de iniciar o dia folheando as páginas d’O Globo foi rapidamente imitado por mim. Primeiro os quadrinhos, depois o caderno de esportes, até passar a ler o jornal “de cabo a rabo”. Conservei essa rotina por longos 24 anos. Até o dia de hoje, mantive o costume de iniciar o meu dia “sujando os dedos de tinta”, manuseando o papel.
É fato que, nos últimos anos, passei a fazê-lo sem o menor prazer. A notícia cada vez mais editorializada, os toscos subterfúgios para disfarçar os interesses econômicos e a opinião conservadora debaixo de um falso manto de “imparcialidade” cada vez mais difícil de sustentar.
Não que eu tivesse ilusões de ser O Globo um jornal isento. Sei das relações promíscuas dos membros do clã Marinho com os porões da ditadura civil-militar; guardo na memória o apoio às privatizações, o imenso destaque aos colunistas que vomitam obviedades preconceituosas e são louvados como “formadores de opinião” (de quem, cara pálida?), mas frente à decadência do velho JB (que, enfim, fechou suas portas, depois de longa agonia) e a fragilidade dos demais jornais, O Globo resistiu como alternativa de informação.
No entanto, frente ao processo de transformações que o Brasil viveu (e vive) durante o governo Lula, vocês ultrapassaram os limites do bom senso. Transformaram-se em um panfleto sujo, jogaram todos os manuais de jornalismo no lixo, assumiram o papel de “bastião da resistência” que os frágeis partidos de direita não conseguiram sustentar. Passaram a utilizar suas páginas para antecipar os discursos que os jereissatis, fruets e virgílios, espumando de raiva, despejavam nas tribunas no dia seguinte.
Passei bons anos justificando para mim mesmo a manutenção da assinatura. A ausência de uma alternativa que me permitisse manter o hábito de ler um jornal impresso, a necessidade de saber o que “eles” (a direita retrógrada, anti-povo) pensam, os dois artigos semanais do Veríssimo...
Hoje resolvi encerrar o amargo ciclo de masoquismo e autoflagelação que se tornou a leitura d’O Globo. Os frágeis argumentos em que me agarrei aparecem ainda mais patéticos quando confrontados com a realidade: estou ajudando a financiar uma peça publicitária para a campanha do Serra. O Globo, há anos, deixou de ser um jornal digno do nome.
Vejamos: nos últimos dias, um escândalo de enormes proporções atingiu o governo tucano do RS. Qual o espaço destinado à cobertura do caso? Por que a prisão do governador do Amapá justifica a inclusão de uma foto do Lula na capa? O princípio da isenção não deveria fazer com que a “arapongagem” do governo Yeda (que espionava até crianças!) também surgisse na capa acompanhada de uma foto do Serra?
Poderia listar, no mínimo, um caso de jornalismo marrom por dia publicado nas páginas d’O Globo nos últimos 10 anos. E, ao mesmo tempo, sou incapaz de dizer qualquer coisa que beire a racionalidade para justificar a minha permanência como um finaciador dessa sujeira.
O fato é que, felizmente, hoje existem inúmeras opções de comunicação ao alcance de um “clique”. Uma ampla rede democrática de comunicação social constituiu-se na internet, várias vezes com maior agilidade de informação (“furando” os jornalões comprometidos com a vontade dos seus donos e com o lucro, e não com a liberdade de imprensa), e, sem sombra de dúvida, muito mais comprometida com a veracidade dos fatos.
Por último, quero me solidarizar com os vários profissionais que aí trabalham por necessidade e que não compactuam com a farsa que o jornal se transformou. Talvez, se o jornal admitisse que tem “lado” e o expressasse de forma mais explícita nos editoriais, sem manipular a pauta inteira de cada edição (como fazem veículos mais respeitáveis, como a Carta Capital), eu não estivesse hoje escrevendo essa carta. Mas prefiro pagar para ser enganado levando o meu filho em shows de ilusionismo, ao invés de servir como número nas estatísticas de assinantes que o setor comercial d’O Globo apresenta para os seus ricos anunciantes.

Bernardo Cotrim
Ex-leitor

PS: Como sei que minha carta nunca será publicada por vocês, tomo a liberdade de divulgá-la para os meus amigos e familiares. Talvez existam outras pessoas tão indignadas quanto eu, precisando apenas de um “empurrãozinho”.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre dinheiro público e outras coisas que não dão em árvore

Hoje, exatamente um dia após o 'Centenada' do Curintia (a piada é muito boa pra passar... mas todo respeito aos manos) voltamos àquela discussão embrionário do Brasil - isentar ou não isentar no fisco.

Antes quando tudo era feito na cara dura e na sacanagem. No tempos de Laudo Natel e outros bichos o SPFC ganhou terreno no Morumbi, ganhou soldados-pedreiros do governador, mas eram outros tempos, ficou por isso mesmo e o Cícero Pompeu de Toledo tá lá privadissímo. Afinal quem vai levantar dúvidas de time tão ilibado, profissional, modelo de modernidade tupiniquim?

Agora, pelo milésima vez, parece que o sonho dos irmão vai sair do papel e o Corinthians vai ter ser próprio estádio, lá em Itaquera - é nóis que tá! Só que tanto para o time do povo como para Internacional de Porto Alegre e Clube Atlético Paranaense o discurso é: Não haverá dinheiro público em estádios privados.

Mas haverá isenção de impostos para as obras, o que conforme notícia da Folha, baratearia o custo final em 20%. UMA PUTA FALTA DE SACANAGEM COM OS OUTROS TIMES?

Contudo, temos de nos lembrar que quem trouxe essa Copa pro nosso quintal não foi o time do povo, o colorado ou a galera do furacão, foi o nosso governo federal que derrepentemente (como diz o mano) percebeu que no Brasil existem importantes cidades que não tem estádios públicos ou esses estádios públicos não podem receber as reformas desejadas (vide Pacaembu).

O que fazer? Largar de mão dessa Copa e ir trabalhar?

Coleguinhas, ingenuidade mata e até o Bourdieu, que tá mais frio que câmara de açougue, sabe que se o Brasil quer ocupar um lugar de destaque nesses anos vindouros não é só no campo econômico e político que as coisas acontecem. O campo esportivo tem sua importância inalienável nos nossos tempos, traz consigo representações simbólicas, é entretenimento de massas e espaço da formação de subjetividade dos indivíduos. E quem não acredita é porque nunca tomou ônibus, nunca conversou com o seu porteiro ou é um indivíduo isento de emoção tal qual um picolé frutare!

E essa farra do dinheiro, até onde vai?

Como em qualquer outro espaço até a gente se organizar, reclamar, bater lata, bater em dirigente amador safado, até termos um TCU honesto que jogue junto do povo e não dos aproveitadores do dinheiro público.

Afinal continuamos esperando o fechamento das contas do Panamericano do Rio de Janeiro. O tempo passa, mas a gente não esquece!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sobre a tese, a anti-tese e aquele abraço

Caríssimos,
A íntegra da análise de Pajé Lara foi publicada no Tahz - Zona de História Autônoma e Temporária - Não lugar de tempo algum (Clique aqui para ler). Na segunda parte, ele critica a idéia de que o lulismo se tornou maior que o petismo, entre outras coisas, como sempre. O lulismo foi analisado por André Singer em seu artigo publicado na revista Novos Estudos Cebrap (clique aqui) e também está na entrevista que ele concedeu à revista Teoria e Debate, n. 88.
Regozijem-se e comentem

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uma tese, uma anti-tese e um abraço fervoroso



Aqui vai a análise de Pajé Lara sobre o a democracia e o primeiro debate dos presidenciáveis, ainda que fale de outras coisas.
Regozijem-se


TESE

A democracia pode ter seus inúmeros defeitos mas se há algo que ela é, quando não dramática, é cômica. Para os que, desde 1989, vêm os interessados nos cargos públicos eletivos debaterem ao vivo este sempre foi um momento no mínimo, pitoresco. O problema é que, gradualmente, essa característica tem se perdido, dando lugar a um marasmo burocrático, uma tecnicidade irreal e uma falta de tesão digna de uma tarde na coordenadoria pedagógica.

Sim, era mais interessante ver o Brizola o Maluf, o Covas, Ulisses, o Jânio e o lula em suas explosões sinceras do que o Alkmin ou o serra em suas comedidas simpatias fabricadas. Porém, todavia, no entanto, essa sem-gracisse tem a ver com o alardeado “amadurecimento da democracia”, contrariamente a tese da “infância da democracia” que diz o “poder e a política” do mestre Fernando Rodrigues, que defende a ridícula tese de que “são muitas regras e pouca liberdade”. A democracia e a curva a “esquerda” são claras nesse processo eleitoral. A democracia pintada como seriedade e representatividade conjunta de elementos definidores da movimentação econômico-social, e a “esquerda” como uma série de discursos que, habilmente, articulam necessidades imediatas e tecnicidades, numa espécie de xamanismo mecânico, na qual os temas que finalmente fazem parte das “agenda sociais” ainda aparecem sob o véu da dominação gerencial

Desde Aureliano, Maluf, Afif e Caiado em 1989 os candidatos importantes criados e educados na tradicional direita burguesa e autoritária, vêm diminuído quantitativamente a ponto de, em 2010, não existirem. (“O FHC, o Alkmin, o Serra!”, lembraria você, com certa dose de razão, mas explico-me adiante). Embora que para muitos, ser de esquerda entre a década de 40 a década de 70 no Brasil fosse como queimar hereges na inquisição ou matar judeus pelo nacional socialismo - primeiro uma obrigação moral, depois um arrependimento forçado em função de uma frágil consciência e em seguida uma condenação vazia de significado prático - há que se considerar, por uma clareza de análise que os candidatos do PSDB não são da mesma estirpe dos inicialmente mencionados (o que não o absolve de certas condenações maneiras). Pelo contrário, eles representam a culpa velada da direita no seu caminho inquisidor-eugenista em direção ao amadurecimento discursivo e de convencimento.

A esquerda é um espectro político que se constrói em um campo que apresenta um combate específico de discursos sobre determinadas idéias e temas. Não é em si, uma posição política, mas sim a esfera onde estas posições se contrastam em funções de temas comuns. Obviamente que sua aparente entrada na “agenda” não significa, para o Brasil, qualquer movimento de sua sociedade em direção a igualdade, a justiça social e a igualdade econômica.

Neste sentido, a tese é que, para o bem ou para o mal, o Brasil está se curvando a esquerda. Emprego, diminuição da pobreza, grande papel do Estado, alianças com setores e movimentos e políticas sociais são, desde sempre, tópicos daquele campo que contrapomos à direita. Há no horizonte outros elementos que se agregarão a esse campo, materializados na “onda verde” colombiana, na culpa sócio-ecológica européia e na oportunidade aberta pela “eleição plebiscitária”.

A critica do Marx no 18 brumário tem muito pouco a acrescentar na esfera da “esquerda” hoje. E os debates que, há 50 anos se travavam, mal se encaixam numa realidade que precisa de uma releitura radical para que novas e fortes oposições surjam.


DEBATE

José Serra e seu inicio pouco elegante em sua tese sobre o CcO (Corpo com órgãos), fez uma analogia (porque metáfora é coisa do lulismo) dos três temas inicialmente propostos com “3 órgãos do corpo humano”. Mais infeliz do que a analogia foram os exemplos dos orgaos: “coração, fígado e intestino”. Que o candidato não tenha em mente as idéias de Artaud ou Deleuze, ainda se desculpa, mas o fato de um ex-ministro da saúde, ao invés de citar cérebro e pulmão, cite “fígado e intestino”, é no mínimo, deselegante. Fica a pergunta sobre o paralelo entre a função do intestino e da educação ou do fígado e da segurança (pressuposto que a saúde é o coração).

O candidato da “direita” resume seu trajeto político na base da coleção “primeiros passos” da editora “política para iniciantes” dizendo de sua presidência na UNE, da participação na JUC (onde “saindo da adolescência” conheceu o candidato mais a “esquerda”), da sua participação na constituinte, na estabilidade econômica e nos programas sociais. Marina (a candidata na nova alternativa) lembra que foi do PT, prega o “realinhamento histórico” contra as divergências, e prega o trabalho junto entre os representantes da “direita” e da “esquerda”. O candidato da “direita” termina respondendo: “Marina, eu to muito na sua linha”.

Acabaram com o Paulo Freire, minimizaram a reforma agrária loluvando a agricultura familiar, assassinaram a ética, elevaram o crack a política de juventude, Marina sempre graciosa, chamando o Tarso Genro de amigo e o Plínio de humanista e professor, apela pela convergência e realinhamentos dos temas e políticas prioritárias, embora tenha tido uma recaída Durkhaiminiana na tese do “adoecimento da sociedade”. Mas tudo em casa.

Moral da história: É melhor um direitista expressivo do que um esquerdista frustrado. Só há saída para além da “esquerda”. O jornalismo só faz da democracia mais suja, tirana e inatingível do que ela realmente é.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Devagar com o andor que o santos...

Passado o vendaval, a desclassificação humilhante, as partidas que não refletiam um futebol ao qual gostaríamos de assistir, temos um novo técnico.

Colando com os mano na função Mano deixou o bando de loucos pra fazer parte do bando de ladrões da CBF, opa, mas essa é ooooooooutra história.

Não vou dizer que não gostei do Mano na seleção, pois gostei e muito. Bom técnico, bom sujeito, caráter e comedimento não faz mal a ninguém, né Dunga?

Contudo, Mano carrega desde já nos ombros dois fardos que podem ou coloca-lo na história do futebol brasileiro ou torna-lo mais um que passou pelo moedor de gente que é a função de técnico da seleção brasileira.

Renovar é a palavra da moda e o time sensação é o Santos. Mesmo que a gente esqueça que o Robinho corpo mole foi pífio na Copa, Neymar tem uma máscara que nem o Pelé deveria ter, ainda nos resta esse sensacional PH Ganso e o André, que tem faro de gol e muito menos pose que os demais.

Por enquanto, não temos muito o que dizer, além de lamentar a ausência da zaga do São Paulo e de Elias... Outras perguntas misteriosas que só vão ser respondidas nos EUA ´são: Quem é esse tal de Ederson e o Renan do Avaí pega isso tudo mesmo?

Bom, melhor testar agora que na Copa das Confederações em 2013. Como já dizia aquele velho ditado "Peida agora, pra não peidar na hora".

Numa dessas o Brasileirão vai que vai, todo mundo no mesmo barco, os times se reforçando, nenhum grande favorito e muitos mistérios.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Novo mundo...

Depois de hoje só digo uma coisa sobre essa Copa do Mundo: NÃO EXISTE MAIS JAPONÊS NO FUTEBOL! Que belo jogador esse Honda, pra mim já é o maior jogador japonês de todos os tempos, com todo respeito ao Nakamura...

Resultados inesperados, curvas inesperadas da Jabulani, favoritos quebrando a cara. Mal consigo somar pontos no Bolão!

Gostei demais do jogo entre Itália e Eslováquia. Uma grande pena é que os italianos resolveram jogar futebol faltando 30 minutos para irem embora da Copa.

A Nova Zelândia cai fora da Copa, como todo mundo esperava, mas sem sofrer nenhuma derrota e na frente da Itália. Entretanto, apesar de parecer animador, não deixa saudade. Futebolzinho sem vergonha, muita pancadaria, muitos defensores, muita vontade e habilidade nenhuma, coisas da vida.

Amanhã tem Brasil, sem Kaká e sem Elano, este último fazendo uma Copa primorosa. Acho que temos boas chances de vencer Portugal e afirmar nosso favoritismo. O time do Dunga se defende bem e tem o melhor contra-ataque do mundo, vejamos a postura dos nossos patrícios frente a esse time.

Pra quem gosta de futebol e pra quem colecionava mini-craques, vai o link de um joguinho muito bacana!

http://globoesporte .globo.com/ platb/bolanascos tas/2010/ 06/23/cabecao- pops/

Boa sorte pra nós, já que é com Júlio Baptista que vai... o negócio é torcer!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pouco, muito pouco, quase nada...

Triste papelzinho tivemos que presenciar ontem, a seleção do Dunga nos prometeu favoritismo, céu, terra, mar e gols, e o que ela deu pra gente? Mais de 90 minutos de um futebol monótono e bem comportado.

Ao contrário dos nossos colegas sul-americanos que promoveram algumas das melhores atuações do campeonato, a gente continua com dois volantes porradeiros marcando um time que, convenhamos, não estava com muita vontade de atacar o Brasil.

Jogo fraco, espero que o Kaká entre logo no ritmo, afinal como até minha mãe, lá em Valinhos sabe, precisamos muito dele. Precisamos também de um volante que saiba sair para o jogo, parece que só o nosso selecionador (técnico é oooooooooutra coisa) ainda não percebeu isso, tomara que Ramires entre logo.

O ponto positivo foi a bela atuação de Robinho, eu que não estava apostando nem um pão de queijo mordido nele tenho que me render ao bom futebol. Robinho foi o único a tentar coisas para além do toque de lado, se continuar assim e o time ajudar um pouquinho mais pode ser um dos grandes dessa Copa.

Por fim, a lição que fica é... 1) Não existe mais japonês no futebol 2) Com esse joguinho sem graça, que não respeita a vontade de ataque do nosso e nem as nossas particularidades a viagem de Dunga à África do Sul será breve.

Domingo tem mais, para o bem ou para o mal, enquanto isso torço por mais gols no Campeonato, o Uruguai deu um bom exemplo de como aproveitar o primeiro jogo para corrigir a falta de criatividade, deu até inveja. Ah, se tivéssemos um técnico!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ser Rooney na Ásia

Essa temporada de amistosos que antecedem a Copa fazem com que tenhamos as primeiras notícias do futebol norte-coreano, dissipando a idéia inicial do álbum de figurinhas, a de que eles são todos iguais.

Coréia do Norte e Grécia jogaram na Áustria e parece que os frescos ares locais animaram o jovem Jong Tae-Se, que guardou duas bolas no gol de Tzorvas no empate de 2 a 2. Rápido, de bom chute e com um futebol atrevido Tae-Se parece ser a esperança de uma campanha menos vergonhosa para os norte-coreanos.
Mas o que fica claro é que os 1.000 chineses contratados pelo governo da Coréia do Norte para torcer pela país verão algumas furadas bisonhas dos zagueiros e uma seleção que não deve oferecer muita resistência aos adversários mais fortes.
Esperemos que Jong Tae-Se e seu fiel escudeiro e passador Hong Yong-Jo possam conseguir mostrar que não existe mais bobo no futebol, mas que a tarefa é difícil isso é...

A pergunta que fica depois desse post é: Quantos volantes Dunga escalará para deter o Jong Tae-Se, o Rooney asiático? 2? 3? Ou 4?
Exclui a possibilidade de apenas 1 volantes pois na cabeça do colega do Zangado isso parece impossível!
Comentem!

PS: Patéticos os jogos França 1 x 1 Tunísia e Portugal 0 x 0 Cabo Verde!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mandando um olá pra Geralll

É extremamente estimulante ser convidado a contribuir com um blog que se propõe a escrever sobre algumas das coisas mais divertidas e controversas da vida de mulheres e homens, muito me honra o convite da minha CUnhada, Glaucia Cristina, a Carolina Dickman de Pinheiros.
Indo direto ao ponto vou me apresentar... Meu nome é Vitor, mas vocês podem (e devem) me chamar de Lalo. Formado em história pela Unicamp, agora me to na onda da educação física, estudando no mestrado Torcidas Organizadas e outros irmãos das torcidas.
Deste modo, minha vuvuzela vai apontar para o futebol, o que não impede de cornetar em outros assuntos mais amenos, como política eleitoral e maledicência alheia.
Torcedor do Guarani (sim isso existe ainda...), me gosta o futebol-arte, a liberdade do gesto, a experimentação, o futebol dos velhos e dos novos tempos, de lado de cá do Atlântico e de lá também, seja europeu, seja africano. Mas não me venha com essa modernização dos 3 volantes, de 1 atacante, do 1 a 0 sem sal nem açúcar, das grandes transações e maracutaias.
Meu prognóstico para a Copa? Já que não vamos honrar um jogo bonito e vistoso que a nossa peculiaridade tentou afirmar ao longo dos anos, lá vamos nós para uma nova epopéia aos moldes de 1994, e que Kaká, Luís Fabuloso e acaso nos ajudem.
Sem mais prometo jogar um futebol vistoso, pra torcida, mas com muita garra, raça, determinação e posts, buscando sempre os 3 pontos e uma chance na seleção do professor...

domingo, 23 de maio de 2010

Dilma e a Opinião Pública




No dia 03 de abril de 2010, o Instituto Vox Populi mediu que José Serra tem 34% das intenções de voto, contra 31% de Dilma Rousseff. Um pouco mais de um mês depois, o mesmo instituto divulga mudança no cenário: 37% dos eleitores votarão em Dilma e 34% em José Serra. Enquanto os militantes de cada um dos lados denunciavam fraudes, outro órgão de pesquisa confirma a vantagem da candidata sobre o ex-governador: Dilma aparece com 35,7% das intenções de voto e Serra com 33,2%. Num evidente esforço de se aproximar da opinião pública, o Datafolha divulgou no último dia 20 de maio o empate técnico entre os dois candidatos com 37% das intenções de voto cada um.
Diante dos números, surgem algumas perguntas: a que se deve a virada da Dilma? As intenções de voto ainda estão muito próximas e podem ser consideradas, no máximo, como empate, portanto, vai dar pra levar essa? Não vou arriscar nenhum palpite para as eleições de 2010; é um pouco desconfortável comentar politicamente o futuro, além do futuro em si. No entanto, não se pode silenciar diante de evidências.
Os números apresentados pelos institutos de pesquisa mencionados acima não permitem ir tão longe, mas não terei como fugir: está claro que o eleitorado não se incomodou em ter uma candidata mulher disputando o mais alto cargo do país. É curioso e paradoxal, como boa parte das características da cultura política brasileira, mas já é um ponto progressista a se avaliar.
Os resultados das pesquisas anunciam, cada vez mais, que o eleitorado tem elaborado com clareza que Dilma é a candidata de Lula. E isso não é inconsciente como muitos apregoam. Por esse argumento mentiroso também tentam explicar o aumento das intenções de voto na candidata do Partido dos Trabalhadores. Para muitos, a reposta está no fato de que Dilma caiu nas graças de uma classe pobre, iletrada, localizada em regiões periféricas do Brasil, muitas vezes de origem rural e, portanto, sem nenhuma consciência. Ainda não entenderam que todas as pessoas são dotadas de consciência e fazem dela o que bem entendem; que todos esses brasileiros sabem o que fazem e refletem sobre seus atos todo o tempo e escolhem Dilma justamente pelo fato de que ela representa a continuidade e a garantia dos direitos que conquistaram nos últimos oito anos.
Por isso, o povo, mais uma vez, poderá votar contra a opinião pública e eleger Dilma Presidenta da República. E aí os números de Vox Populi, CNT/Sensus ou Datafolha só tendem a aumentar mesmo.

Na foto, plenário do IV Congresso do Partido dos Trabalhadores vota pela candidatura de Dilma Rousseff (A foto é minha mesmo)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Há 30 anos, morria Ian Curtis


Em 18 de maio de 1980, aos 23 anos de idade, o jovem vocalista da banda inglesa Joy Division enforcou-se na cozinha do seu apartamento. Interrompia-se ali a carreira do menino epilético, de voz grave (que parecia incompatível com sua frágil aparência) e versos carregados de referência à dor, morte, tristeza e destruição, que liderava a banda mais importante do pós-punk na Inglaterra.

Curtis era uma figura de enorme talento e forte presença no palco. Além da voz de barítono, seu estranho jeito de dançar, inspirado nos ataques epiléticos que o acometeram por toda a vida (e que foi descaradamente copiado no Brasil por Renato Russo, uma espécie de xerox tupiniquim e sem talento de Curtis) transformou-se em uma marca registrada da banda.

O Joy Division gravou apenas dois álbuns de estúdio: o lendário "Unknown Pleasures" e o também excelente "Closer", além de vários compactos, sendo "Love Will Tear Us Apart" o de maior sucesso. O suficiente pra inscrever a banda de trágica e meteórica trajetória nas páginas da História do rock.

Após a morte de Curtis, os membros remanescentes do Joy Division honraram o acordo de que a banda só existiria enquanto os quatro seguissem juntos e reorganizaram-se sob o nome de New Order, com estética menos sorumbática e sonoridade mais eletrônica.

Geléia Geral aproveita a data pra prestar uma singela homenagem à Curtis e ao Joy Division.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Boas vindas

Eu tinha que contar sobre minha empolgação por participar dessa Geléia e ser, por ora, a única ingredienta feminina. Nunca sei o que isso significa, mas deve significar. Há tempos desejo entrar na blogosfera e já me aventuro num projeto delicioso com uma amiga, Letícia Gregório Canelas, o Zona de História Autônoma Temporária-Não lugar de tempo algum do qual, até hoje, participei apenas mentalmente. Aliás, somos historiadoras de paixão e formação.
Aproveito para agradecer o convite do Bernardo Cotrim a quem chamo de “historiador de meia pataca” há uns dez anos e que me enquadra todas as vezes que desvios libertários me levam a alucinação. O que ele esqueceu de dizer na singela bio é que, além de não gostar e de não entender de futebol, não tenho o menor senso de humor e posso chegar ao cúmulo de explicar piada. (E é o que farei em seguida.)
Aqui espero dar vazão à paixão, já que em 2010 teremos as eleições mais quentes e disputadas desde 1989. Espero, no Geléia, explicar e entender minhas opiniões, aquelas que já venho difundindo há meses em formato de pios.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Coerência é virtude. Teimosia, no entanto...

Antes que me acusem de "corneteiro", "gato-mestre" ou alcunhas similares, quero deixar claro: a seleção treinada por Dunga é eficiente e tem chances reais de voltar da África do Sul com o caneco. Julio Cesar é um goleiro fantástico, Maicon e Daniel Alves são os melhores laterais da atualidade, a dupla de zaga formada por Lúcio e Juan alia experiência, vigor, técnica e colocação, Elano fez boas atuações com a amarelinha, Kaká é um baita jogador e a dupla de ataque formada por Robinho e Luís Fabiano é de bom nível.

Isto posto, vamos ao assunto central: a convocação feita por Dunga é um prêmio à mediocridade, à falta de imaginação e reflete a teimosia travestida de "coerência" de um personagem conservador, arrogante e que posa de "rebelde" pra imprensa ao mesmo tempo em que esbanja subserviência ao comando da CBF.

É evidente que, para o torcedor em geral, um título mascara os questionamentos ao trabalho. Mas cá entre nós, analisando objetivamente o trabalho de Dunga, é impossível engolir as críticas ao escrete do treinador canarinho.

Pra começar, o time brasileiro não tem banco de reservas. Esse é o maior erro da convocação do Dunga: os 23 selecionados não lhe dão alternativas táticas. Se o Brasil estiver em dificuldades, o que fazer para mudar o jogo? Colocar em campo Grafite, Kleberson e Julio Baptista?

O primeiro, centroavante de força física e boa colocação, não joga metade da bola que o questionado Adriano, mesmo às turras com a balança e incapaz de separar-se do copo. A média de gols de Adriano, no primeiro semestre de 2010 (quando houve uma enorme queda no seu rendimento) é superior à média dos 4 atacantes convocados por Dunga.

No meio campo a situação é pior: o irregular Kleberson é um Elano piorado, com a vantagem de jogar pelos dois lados; e o apenas correto Julio Baptista, substituto de Kaká, é absolutamente incapaz de protagonizar a jogada que define uma partida, aquele lampejo de criatividade que só os jogadores acima da média executam.

Além disso, os volantes convocados fizeram, com exceção de Ramires, temporadas pavorosas em clubes medianos. Gilberto Silva joga no "poderoso" futebol grego, Felipe Mello colecionou fiascos na Juve e Josué dispensa comentários.

Por último, a lateral esquerda: Michel Bastos e Gilberto. O primeiro, uma espécie de meia direita avançado no Lyon (posição parecida com a de Messi no Barça, na temporada passada), o segundo atuando como camisa 10 do Cruzeiro. Se a posição, de fato, é carente de alternativas, me parece que Dunga tinha alternativas melhores.

O fato é que a chamada coerência de Dunga não dialoga com a realidade do futebol. Não é coerente convocar um jogador mediano que é reserva em seu clube, como Julio Baptista, e deixar em casa o jovem Ganso e o experiente Ronaldinho Gaúcho, ambos capazes de, em uma jogada, decidir uma partida. Se, de fato, não temos como garantir que Ganso suportaria a pressão de um Mundial e que Gaúcho se apresentaria interessado e em forma, é inegável que não dá pra depender do Julio Baptista.

Tão pouco é coerente convocar 3 volantes de pouca técnica e em má fase quando temos alternativas melhores. Tiago Motta é titularíssimo da Inter de Milão, Lucas é das poucas coisas que se salvaram na temporada medíocre do Liverpool, Renato é titular absoluto do Sevilla há anos, Elias é o motor do Corinthians... dá até pena comparar o meio campo brasileiro ao espanhol, formado por Xabi Alonso, Fábregas, Xavi, Iniesta e Silva.

Dunga perdeu uma excelente oportunidade de surpreender positivamente quem gosta de futebol. Pode até ganhar o título, mas seu time, moldado à imagem e semelhança da burocrática seleção de 94 (mas desprovido do talento de Bebeto e Romário!), não empolga ninguém. Se coerência é uma virtude, a teimosia é uma grande burrice.

PS: Não vou falar de Doni. Beira as raias do absurdo a convocação de um goleiro brasileiro que nunca se destacou em clube algum e que é reserva de OUTRO BRASILEIRO! Se Julio Cesar se machucar e Doni assumir, no auge da forma técnica de quem não vê a cor da bola sem ser em um treino há meses, Dunga periga voltar da África do Sul diretamente pro elenco da Turma do Didi...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Geléia Geral, a fênix da blogosfera


Enfim, de volta ao trabalho! Após 1 ano sem atividade, o Geléia Geral ressurge das cinzas e retoma sua atividade militante, recreativa e por vezes corneteira.

Existem vários responsáveis pela nossa ressurreição: nossas obrigações militantes com a campanha da Dilma, o início do campeonato brasileiro, a reta final da Libertadores e a lista de convocados do Dunga, a reta final da nova temporada de House e a nossa necessidade de tomar vergonha na cara.

O blog volta com o mesmo nome e o mesmo leiaute pavoroso (ainda não conseguimos aprender a mexer na ferramenta), mas com temática ampliada e novos colaboradores esporádicos e permanentes.

O primeiro reforço é Glaucia Fraccaro, historiadora, militante, intelectual, amiga de copo e dublê da Carolina Dieckman (ela fica furiosa). Glaucia, além de trabalhar no Núcleo Sérgio Buarque de Hollanda da Fundação Perseu Abramo, arruma tempo pra estudar a classe trabalhadora brasileira, pra comentar livros, sacanear os tucanos e, agora, pra colaborar com Geléia Geral. Seu grande defeito é não gostar de futebol...

Nosso objetivo é correr atrás do prejuízo e compensar nosso ano de ócio com uma produção frenética. Continuaremos falando de política, futebol, cinema, música, literatura e o que mais der na nossa telha. Também estamos abertos a novos colaboradores e estaremos antenados com os nosso blogs parceiros, de onde poderemos chupar colaborações compulsórias.

Espero que vocês se divirtam com o nosso retorno. Nós, com certeza, vamos nos divertir trabalhando.

Um grande abraço,
Geléia Geral